Avião da Malásia voou várias horas depois de desaparecer dos radares - TVI

Avião da Malásia voou várias horas depois de desaparecer dos radares

É pelo menos disso que suspeitam investigadores norte-americanos, para quem o aparelho ainda fez centenas de milhas após desaparecer

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Notícia atualizada às 10:54

Investigadores norte-americanos acreditam que o voo 370 da Malaysia Airlines ainda esteve no ar pelo menos mais quatro horas e fez centenas de milhas, em condições que permanecem obscuras, depois do último sinal registado nos radares. Os investigadores baseiam-se em informações fornecidas por fontes familiarizadas com os detalhes da investigação, adianta o «The Wall Street Journal» (TWSJ).

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Investigadores da aviação e as autoridades de segurança nacional suspeitam que o aparelho voou durante um total de cinco horas, de acordo com dados recolhidos automaticamente pela própria Boeing, como parte de um programa de manutenção e monitorização de rotina.

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Estas suspeitas levantam uma série de novas questões e hipóteses sobre o que aconteceu ao avião e às 239 pessoas que seguiam a bordo. O aparelho descolou há seis dias de Kuala Lumpur, na Malásia, com direção a Pequim, mas desapareceu misteriosamente dos radares cerca de uma hora depois de levantar voo.

Após muitas hipóteses avançadas, continua sem se saber o que aconteceu e onde está o aparelho. De acordo com o TWSJ, investigadores contraterrorismo dos Estados Unidos trabalham com a possibilidade de um piloto ou alguém a bordo ter desviado o aparelho em direção a um destino desconhecido, depois de desligar intencionalmente os sistemas de deteção de radar.

As autoridades norte-americanas adiantam que nada aponta especificamente para terrorismo, mas também não descartam essa hipótese. Os investigadores, baseando-se em dados fornecidos por alguém ligado ao processo e que não é identificado, trabalham com a hipótese de o avião ter sido desviado da rota, «com a intenção de usá-lo mais tarde para outra finalidade».

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Estes dados avançados pelas autoridades dos Estados Unidos já foram colocados em causa por um especialista em aviação ouvido pela CNN. «Acho muito, muito difícil de acreditar que o aparelho tenha voado quatro horas depois de desaparecer dos radares, sem ser detetado por outro radar qualquer ou sem ser visto por alguém. É praticamente impossível», disse Tom Ballantyne.

Também as autoridades da Malásia já vieram colocar de lado essa hipótese, adianta a Reuters. O ministro dos Transportes do país, Hishammuddin Hussein, classificou esta quinta-feira essas informações como imprecisas.

De acordo com os meios de comunicação asiáticos, e depois de adiantada a hipótese de objetos detetados no mar por um satélite chinêsserem destroços do aparelho, as autoridades da Malásia terão visitado a casa de pelo menos um dos dois pilotos. Mas também essa informação o ministro dos transportes malaio já negou.

Em conferência de imprensa, Hishammuddin Hussein garantiu que a Malásia não tem «nada a esconder» sobre a investigação e também não fez nada que a tenha «comprometido».

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