EUA: proibição de computadores e tablets em aviões responde a ameaça jihadista - TVI

EUA: proibição de computadores e tablets em aviões responde a ameaça jihadista

  • AM
  • 22 mar 2017, 08:19
Avião

Imprensa norte-americana atribui medida à ameaça de uma bomba que supostamente seria escondida nos aparelhos eletrónicos ou nas baterias dos computadores portáteis

A proibição de computadores portáteis e outros dispositivos eletrónicos na bagagem de cabina em voos diretos procedentes de oito países de maioria muçulmana imposta pelos EUA é resposta a uma ameaça do Estado Islâmico, segundo a imprensa norte-americana.

Washington declinou facultar explicações sobre a medida imposta na terça-feira, mas o jornal New York Times, que cita altos funcionários norte-americanos ligados à luta antiterrorismo, atribui-a à ameaça de uma bomba que supostamente seria escondida nos aparelhos eletrónicos ou nas baterias dos computadores portáteis. Já segundo a ABC, a Casa Branca considera essa ameaça "fundamentada" e "credível".

A informação contradiz outras versões de fontes da administração norte-americana que negaram desconhecer se a proibição tem por base qualquer ameaça concreta ou risco de um ataque terrorista iminente contra o país.

Além dos computadores portáteis, 'tablets', câmaras, leitores de DVD e consolas de videojogos também estão proibidos na cabina dos aviões, pelo que têm que ser despachados na bagagem de porão, escapando ao bloqueio os telemóveis.

A proibição vai afetar 50 voos diários com destino aos Estados Unidos procedentes de dez aeroportos internacionais em oito países: Jordânia, Kuwait, Egipto, Turquia, Arábia Saudita, Marrocos, Qatar e Emirados Árabes Unidos.

As nove companhias aéreas afetadas, todas estrangeiras, dado que nenhuma transportadora norte-americana oferece voos diretos a partir dos aeroportos visados pela medida são: Royal Jordanian, EgyptAir, Turkish Airlines, Saudi Arabian Airlines, Kuwait Airways, Royal Air Moroc, Qatar Airways, Emirates e Etihad Airways.

A administração norte-americana deu a todas as companhias aéreas um prazo de 96 horas para notificarem os seus passageiros.

O Reino Unido juntou-se, no mesmo dia, aos Estados Unidos na proibição de computadores na cabina dos aviões. A medida, no caso do Reino Unido, diz respeito aos voos diretos procedentes da Turquia, Líbano, Jordânia, Egipto, Tunísia e Arábia Saudita.

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