«Ideia de ser treinador nasceu com Jesus no Benfica e Gallardo no River» - TVI

«Ideia de ser treinador nasceu com Jesus no Benfica e Gallardo no River»

Pablo Aimar no Benfica

Pablo Aimar em entrevista ao River Monumental

Pablo Aimar está sozinho, ainda que, claro, continue a ligar a Saviola. O antigo camisola 10 do Benfica, hoje responsável pelos sub-17 argentinos, está também ele isolado. Aimar contou como tem sido viver nestes tempos de isolamento e falou de quando decidiu seguir a carreira de treinador.

«Com Jorge Jesus no Benfica e Marcelo Gallardo no River, nos meus últimos seis meses como jogador, aí comecei a gostar da ideia de ser treinador», disse o antigo internacional argentino.

«Não comecei logo de imediato, mas quando surgiu a possibilidade de trabalhar com os juvenis aceitei porque é onde me sinto mais cómodo, a ver os rapazes crescer», acrescentou.

«Estive pouco tempo com Gallardo como treinador, mas bastou-me para retirar coisas dele e creio que ele logou algo muito importante, que foi pôr o River Plate no patamar mais alto, com uma maneira de jogar e uma mensagem de ganhar sempre que distingue as grandes equipas», analisou.

Aimar confessou que foi difícil deixar de jogar, porque «é-se um jovem reformado» e isso era algo para que não estava preparado.

Quanto a este momento, El Payaso não brinca e diz que ele talvez sirva para «entender que há pessoas fundamentais numa sociedade, como os médicos, os enfermeiros, as pessoas que tratam da saúde são importantes e não os jogadores ou os jornalistas».

Aimar contou depois como tem estado em isolamento: «Vivo sozinho, mas a tecnologia ajuda. Falo todos os dias com os meus filhos, não posso passar um dia sem falar com eles, com a família, com os amigos. Temos de passar por isso e temos de estar tranquilos.»

Ora, como a entrevista foi feita pelo programa River Monumental, Aimar não podia deixar de falar do passado: «Foi difícil chegar à pensão [do clube] com 15 anos. Recordo a primeira vez que voltei a Rio Cuarto ao fim de três dias para depois voltar [a Buenos Aires] de seguida. Essa primeira etapa custou-me muito. Numa tarde, estava no colégio do River quando me chamaram para treinar com a primeira equipa e nem chuteiras tinha. Foi ao balneário e o Ortega conseguiu-me uns. Disso não me esqueço nunca, tal como a amizade que fiz com Saviola. Ainda a mantenho porque falamos bastante tempo ao telefone e nos mantemos em contacto depois de termos passado tanto tempo juntos.»

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