Menino com paralisia cerebral morre devido a corte de eletricidade - TVI

Menino com paralisia cerebral morre devido a corte de eletricidade

  • MVM
  • 25 jun 2018, 19:02
Crianças

Valentino, de cinco anos, vivia dependente de máquinas. Um corte de eletricidade no bairro onde residia em Buenos Aires, que durou 14 horas, foi a causa da morte da criança

Valentino Ladislao, um menino argentino de 5 anos, que sofria de paralisia cerebral e que estava dependente de máquinas, morreu na passada segunda-feira, em Buenos Aires, devido a um corte de luz que durou 14 horas.

Segundo o La Vanguardia, às sete da manhã houve um corte de luz no bairro e esta so voltou 14 horas depois, o que acabou por ser fatal para Valentino. A mãe do menino, Mariana Medina, ligou para a companhia e saiu à rua para saber qual era o problema, tendo-lhe sido dito que era uma "interrupção programada" e que no máximo às 19 horas a luz voltaria.

Já não era a primeira vez que a luz falhava e Valentino aguentou sempre, mas desta vez não conseguiu. Durante o dia, Mariana Medina, que tinha uma dívida de cerca de 1.900 euros à companhia de energia Edesur, tentou resolver o problema com telefonemas para a companhia, todavia sem sucesso.

Primeiro com o meu número de cliente mas como devia mais de 1900 euros, contestaram que não podiam dar-me informações sobre o corte por ser devedora. Eu avisei que tinha um menino dependente de máquinas, que sem eletricidade podia morrer. Também contactei com o número de cliente da minha avó, do meu tio e até de um vizinho, porém não consegui nada”, disse a mãe da criança ao jornal Clarín.

Não levou o menino de imediato ao hospital porque os "medicos aconselharam a levá-lo só em situações extremas para evitar infeções", e pediu ajuda ao pai do menino por volta das 20h40. O pai tentou arranjar um gerador, conseguiu-o, mas foi tarde demais, já que às 21h10 Valentino parou de respirar.

Ainda levaram o menino para o hospital, mas quando chegaram os médicos apenas confirmaram a morte de Valentino.

A Edesur defende que “se tratou de uma interrupção programada na zona” e que não tinha conhecimento de que residia uma criança dependente do funcionamento de máquinas para viver. O pai, que integra a Associação Argentina de Eletrodependentes, afirmou que está apenas à espera da autóspia para avançar com uma queixa contra a Edesur.

A criança sofreu um acidente aos dois anos de idade, quando a irmã partiu uma janela,e um pedaço de vidro ficou espetado no seu coração, sofrendo uma obstrução num ventrículo que lhe causou paralisia cerebral.

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