Submarino argentino meteu água antes de desaparecer - TVI

Submarino argentino meteu água antes de desaparecer

Submarino ARA San Juan em Buenos Aires, Argentina, em junho de 2017

Estação de televisão revela última mensagem da embarcação, que alertava para a entrada de água pelo sistema de ventilação, danificando as baterias e provocando um curto-circuito e um incêndio

A última mensagem enviada pelo submarino argentino ARA San Juan, que desapareceu a 15 de novembro com 44 tripulantes a bordo, dava conta de problemas técnicos antes de perder o contacto com a base naval de Mar del Plata. Na mensagem revelada pelo canal argentino de televisão A24, o submarino avisou que estava a entrar água pelo sistema de ventilação que danificou as baterias, provocou um curto-circuito e um princípio de incêndio.

Entrada de água do mar pelo sistema de ventilação ao tanque da bateria número 3 provocou um curto-circuito e o início de um incêndio. Bateria, fora de serviço”, reportou o submarino no dia 15 de novembro por radiofrequência.

O submarino recebeu ordens para regressar à base e os marinheiros asseguraram que a embarcação continuava a navegar submersa e que iriam reportar novos desenvolvimentos.

No momento em imersão, propulsão com circuito dividido. Sem novidades de pessoal, manterei informado”.

"Eles tiveram de isolar a bateria e continuar a navegar debaixo de água até ao Mar del Plata, usando outra bateria", confirmou o porta-voz da Marinha argentina, Enrique Balbi.

A Marinha argentina já tinha confirmado que o submarino tinha avisado que tinha enfrentado problemas técnicos. O porta-voz Enrique Balbi declarou que o submarino navegava no Golfo de San Jorge, a 450 quilómetros da costa argentina e que foi perto dessa localização, após o último contacto, que a Organização do Tratado de Proibição de Testes Nucleares, que possui vários postos para registar possíveis explosões atómicas, registou um “evento consistente com uma explosão”.

A notícia provocou revolta e foi recebida pelas famílias como uma confirmação da morte dos 44 tripulantes.

A Marinha insiste em pedir cautela e diz que até o submarino ser encontrado não é possível fazer "conjeturas" a respeito do estado da tripulação. As buscas, que já duram há 13 dias, prosseguem com a participação de 14 países e quatro mil operacionais, refere a agência France-Presse.

No domingo, o navio norueguês Sophie Siem zarpou de Comodoro Rivadavia com um minissubmarino acoplado para ajudar nas buscas.

As buscas estão a ser efetuadas num raio de 36 quilómetros no Atlântico Sul, a cerca de 450 quilómetros da costa da Patagónia e a uma profundidade que varia entre os 300 e os mil metros.
 

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