China instala armas em ilhas artificiais - TVI

China instala armas em ilhas artificiais

China introduz armamento nas ilhas artificiais

Sistemas antiaéreos, antimísseis e torres militares foram algumas das construções instaladas nas ilhas artificias do Mar do Sul da China

A China decidiu instalar armas nas suas sete ilhas artificiais, situadas no Mar do Sul da China, para aparentes fins militares. A descoberta foi avançada pela Iniciativa de Transparência Marítima da Ásia (AMTI, na sigla em inglês), refere a Reuters.

As imagens dos recifes de Gaven e Hughes, captadas em satélite e disponibilizadas esta quarta-feira, sugerem que as armas são antimísseis, antiaéreas e, provavelmente, de curto alcance, ou seja, servem apenas de proteção contra ataques de mísseis de cruzeiro.

A China também construiu pistas de extensão militar em todas as ilhas. Existem ainda imagens que comprovam a existência de torres militares de vigilância.

Parece que estas estruturas são uma evolução das fortificações de defesa, já construídas nas instalações menores da China, nos recifes de Gaven, Hughes, Johnson e Cuarteron”, disse a entidade, citando imagens captadas em novembro.

Segundo a Reuters, apesar de a China ter assegurado, na quinta-feira passada, que Pequim não tinha intenções de militarizar as ilhas, tendo em conta que estas se encontram numa rota comercial estratégica, a descoberta parece contradizer as intenções.

Note-se que a região é reivindicada por inúmeros países, numa disputa territorial que existe há muito tempo na região entre a China, as Filipinas, a Malásia, Taiwan e o Vietnam, mas, segundo o governo chinês, as novas construções são sobretudo para o uso civil, sem deixar de sublinhar que é “legítimo e normal” existirem medidas que possam vir a proteger o território.

O porta-voz do Ministério das Relações Externas chinês, Geng Shuang, afirmou, numa entrevista coletiva, em Pequim, que "não compreendia" a situação mencionada no relatório.

"As ilhas Nansha são território inerente à China. A construção das necessárias instalações de defesa territorial, no próprio território, são completamente normais".

Entretanto, as Filipinas, um dos países com interesses territoriais, demonstrou a sua preocupação face à situação.

“Se é verdade, é uma grande preocupação para nós e para a comunidade internacional, que usa as vias do Mar da China para o comércio”, afirmou o ministro da Defesa, Delfin Lorenza.

 

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