Pelo menos 17 múmias descobertas no Egito - TVI

Pelo menos 17 múmias descobertas no Egito

  • SP
  • 13 mai 2017, 15:52

Ministro das Antiguidades olha para a descoberta como uma alavanca para o setor do turismo

Arqueólogos egípcios encontraram 17 múmias nas catacumbas descobertas na província de Minya, no centro do país, segundo anunciaram as autoridades.

"Encontrámos catacumbas que contêm um determinado número de múmias", disse, em conferência de imprensa, o coordenador da equipa de arqueólogos responsável por esta descoberta, na região de Touna-el-Gabal, a cerca de 200 quilómetros a sul do Cairo.

O espaço, oito metros abaixo do solo, contém "17 múmias e um determinado número de sarcófagos em pedra e argila", referiu, em comunicado, o Ministério das Antiguidades.  De acordo com a Reuters, foram também encontrados caixões de animais e papiros escritos em egípcio.

Salah Al-Kholi, professor de egiptologia da Universidade do Cairo, que liderou a missão, pensa que podem haver na câmara até 32 múmias, incluindo múmias de mulheres, crianças e bebés.

Em declarações à AFP, o diretor do departamento de escavações arqueológicas da Universidade do Cairo, Mohamed Hamza, diz que esta é uma "descoberta importante, sem precedentes".

As múmias ainda não foram datadas, mas tudo aponta para uma ligação ao período greco-romano do Egito, um período de cerca de 600 anos seguidos à conquista do país por Alexandre, o Grande.

"2017 foi um ano histórico para as descobertas arqueológicas. É como se fosse uma mensagem dos nossos antepassados, que nos estão a dar a mão para trazer os turistas de volta", sublinha Khaled Al-Anani, na conferência de imprensa onde foi anunciada a descoberta. 

O Egito espera que estas descobertas reavivem o setor do turismo no país, em decadência desde a "primavera árabe".

 A ministra do Turismo, Yehia Rashed, disse, no mês passado, que as novas descobertas poderiam aumentar as chegadas de turistas neste ano para cerca de 10 milhões, uma melhoria em relação aos 9,3 milhões de visitantes que vieram em 2015, mas ainda muito abaixo dos 14,7 milhões de 2010.
 

Continue a ler esta notícia