Uma mulher australiana está envolvida numa grande polémica por, alegadamente, ter roubado artefatos culturais antigos do Médio Oriente, nomeadamente do Egito.
Joan Howard, esposa de um diplomata da ONU, é acusada de aproveitar as viagens diplomáticas do marido para roubar objetos de grande valor arqueológico e juntar à sua coleção de artefatos antigos.
O jornal australiano The West Australian foi quem tornou pública a coleção de Joan, que rapidamente inquietou os arqueólogos e os levou a pedir que fosse feita uma investigação.
Shaaban Abdel Gawad, diretor-geral do Departamento de Antiguidades Recuperadas do Egito, relatou ao Sydney Morning Herald, um jornal australiano, que o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Egito já tinha feito o pedido para averiguar o caso.
Argh! @__thewest__ you are literally glorifying the theft of cultural property & the destruction of critical context https://t.co/OEo9me08pL
— David S. Anderson (@DSAArchaeology) 6 de novembro de 2017
“Queremos investigar como essas peças saíram ilegalmente do Egito”, referiu Shaaban.
Entre os objetos da coleção de Joan, destaca-se uma máscara funerária de uma múmia egípcia, cabeças neolíticas de machado que remontam há 40 mil anos, armas romanas, bem como moedas e jóias do antigo Egito.
Com o propósito de proteger as suas antiguidades, o Egito, na década de 80, adotou leis que proíbem a importação, exportação e a transferência ilícita de bens culturais do país.