O presidente da Comissão Europeia defendeu hoje que nenhuma extensão de curta duração do Brexit será possível se a Câmara dos Comuns não ratificar o Acordo de Saída do Reino Unido da União Europeia (UE) até 12 de abril.
Se o Reino Unido estiver em condições de aprovar o Acordo de Saída, com uma maioria viável, até 12 de abril, a UE deverá, nesse caso, aceitar uma extensão até 22 de maio. Se a Câmara dos Comuns não se pronunciar antes desta data, nenhuma extensão suplementar de curta duração será possível”, avisou.
Numa intervenção no Parlamento Europeu, a decorrer em Bruxelas, Jean-Claude Juncker argumentou que conceder uma nova extensão curta do Artigo 50 ao Reino Unido poria em causa o normal decurso das eleições europeias, assim como o bom funcionamento da UE.
Na terça-feira, a primeira-ministra britânica fez uma declaração, recusando um Brexit sem acordo e defendendo um novo alargamento do prazo de saída.
Theresa May pretende que as negociações com o líder da oposição, Jeremy Corbyn, do partido trabalhista, resultem num plano que respeite o resultado do referendo de 2016 que ditou a saída do Reino Unido da UE e que possa ser aprovado no parlamento a tempo de considerado pelos líderes europeus na próxima semana.
A UE agendou um Conselho Europeu de emergência para 10 de abril para avaliar a situação de decidir o que fazer a seguir, tendo em conta que, atualmente, a data de saída do Reino Unido da UE é 12 de abril.
O objetivo do governo britânico é acelerar este processo para que a proposta de lei para a saída da UE seja aprovada antes de 22 de maio, evitando assim que o Reino Unido participe das eleições parlamentares europeias de maio.