Considerado um dos nomes mais importantes na cena artística do país, Fayadh já tinha sido preso em 2013, depois de um homem com quem teve uma discussão ter chamado a polícia religiosa e o ter acusado de insultar o Islão num livro publicado 10 anos antes.
Segundo a CNN, Ashraf Fayadh foi condenado novamente em 2014 a quatro anos de prisão e 800 chicotadas por ter relações "inapropriadas" com mulheres. Mas o Ministério Público recorreu da decisão e, a 17 de novembro, o tribunal de Abha, no sudoeste da Arábia Saudita proferiu nova sentença, ordenando a execução do poeta por apostasia, insultos ao Islão e propagação do ateísmo.
Preso há quase dois anos, Ashraf Fayadh tem agora até dia 17 de dezembro para recorrer.
A sentença gerou reações por parte de grupos defensores dos direitos humanos e figuras públicas e a hastag #FreeAshraf tornou-se viral no Twitter.
Poets, writers - please sign & share our statement in support of Ashraf Fayadh https://t.co/3JdTCFA4K7 #FreeAshraf pic.twitter.com/0SLG2ehiSf
— English PEN (@englishpen) 2 dezembro 2015
Freedom of belief, no matters the country #FreeAshraf
— Laurina (@laurafloris) 22 novembro 2015
Também a delegação portuguesa da Amnistia Internacional tem uma petição, que pode ser assinada online, no site oficial da organização, para pedir a anulação da sentença.
Hoje é ainda fundamental assinar p/ salvar a vida de #AshrafFayadh. > https://t.co/04jhBjx90p #cidadespelavida pic.twitter.com/UWkYIvpMkU
— Amnistia Portugal (@AmnistiaPT) 30 novembro 2015
Segundo a Amnistia Internacional, já foram condenadas à morte 151 pessoas este ano, o número mais alto desde 1995.