Venezuelanos saquearam farmácia - TVI

Venezuelanos saquearam farmácia

Farmácia

Fraldas, sabão em pó e papel higiénico foram alguns dos bens escassos levados

Dezenas de pessoas entraram, à força, numa sucursal da rede de farmácias venezuelanas Farmatodo, saqueando bens escassos na Venezuela, incluindo fraldas, sabão em pó e papel higiénico.

Segundo o secretário de governo do Estado de Zúlia, Billy Gasca, o saque ocorreu na segunda-feira na cidade de Maracaibo, a oeste de Caracas.

«Através das câmaras de vídeo de segurança foi possível identificar algumas das pessoas (que pilharam o estabelecimento). A lei será cumprida», disse Billy Gasca aos jornalistas.

Entretanto um vídeo divulgado pelo diário venezuelano Panorama dá conta que a farmácia saqueada encontra-se atualmente protegida pela polícia militar, sendo ainda visível alguns computadores, máquinas registadoras e vários pacotes de alimentos espalhados no chão.

Segundo funcionários da farmácia, um grupo de pessoas - que desde a última sexta-feira queriam fraldas, sabão em pó e papel higiénico -, entrou à força, quando pretendiam encerrar as portas, levando ainda consigo produtos de beleza.

A Farmatodo é uma das mais importantes cadeias de farmácias venezuelanas, contando com 145 sucursais a nível nacional e, além de medicamentos, disponibiliza alguns produtos básicos aos seus clientes.

Em 2012 a Farmatodo criou uma aplicação para smartphones que permite aos cidadãos localizar os medicamentos pretendidos nas diferentes sucursais, cuja popularidade aumentou com a escassez de remédios no país.

Na Venezuela são cada vez mais frequentes as queixas dos cidadãos por dificuldades em conseguir, no mercado local, alguns produtos essenciais como, entre outros, detergente, açúcar, leite em pó, óleo vegetal, café, farinha de milho pré-cozida, papel higiénico e fraldas descartáveis para crianças.

Por outro lado, nos últimos dias, multiplicaram-se significativamente as já tradicionais filas de clientes à porta de supermercados para comprar os produtos que escasseiam e que muitas vezes nem chegam a ser colocados à venda nas prateleiras.

A alta afluência levou o Governo a limitar o acesso aos principais supermercados do país, entre eles importantes cadeias propriedade de portugueses radicados no país.
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