Um observador eleitoral foi esta segunda-feira morto a tiro por desconhecidos na província de Gaza, sul de Moçambique, anunciou a organização não-governamental (ONG) Sala da Paz.
A ocorrência foi registada pelas 11:00 (menos uma hora em Lisboa) e, segundo a ONG, a vítima morreu após ter sido alvejada dez vezes.
Matavel, diz a Sala da Paz, “fez a abertura e de seguida se retirou do local na sua viatura, tendo os malfeitores o seguido e baleado”.
— VOAPortuguês (@VOAPortugues) October 7, 2019
Estima-se que ele tenha sido atingido por cerca de 10 tiros. https://t.co/X7Qg0maTHe #Moçambique #eleicoes
Anastácio Matável saía de uma formação de observadores "onde fez a abertura da sessão" e depois de entrar no seu automóvel, foi "seguido e baleado" por desconhecidos.
Em conferência de imprensa, a Sala da Paz classificou o ato como "bárbaro", apelando às "autoridades competentes para uma investigação apurada com vista a encontrarem-se os autores do crime".
Segundo a ONG, trata-se de um “crime hediondo" e os autores devem ser punidos "de forma exemplar".
O homicídio acontece em plena campanha eleitoral e depois de, há uma semana, uma outra pessoa ligada a ações partidárias ter sido assassinada.
Um grupo desconhecido baleou mortalmente um líder de bairro pertencente à Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder), em Manica, centro do país.
Desde o arranque da campanha, em 31 de agosto, já morreram 38 pessoas, a maioria em acidentes de viação, ligadas às ações partidárias e às eleições, segundo contas da ONG de observação Centro de Integridade Pública (CIP).
Em 15 de outubro, 12,9 milhões de eleitores moçambicanos vão escolher o Presidente da República, dez assembleias provinciais e respetivos governadores, bem como 250 deputados da Assembleia da República.