A polícia da Malásia anunciou hoje ter detido um homem norte-coreano, a quarta pessoa a ser detida em relação ao assassínio de Kim Jong-nam, o meio-irmão do líder da Coreia do Norte.
O homem tinha documentação malaia emitida para trabalhadores estrangeiros, que o identificava como Ri Jong Chol, cidadão norte-coreano de 46 anos, e foi detido na sexta-feira à noite, de acordo com um comunicado da polícia.
Ri é o primeiro norte-coreano a ser detido por ligações ao caso, após detetives terem detido uma mulher indonésia de 25 anos, Siti Aishah, e o seu namorado malaio, juntamente com uma mulher que transportava um passaporte vietnamita que a identificava como Doan Thi Huong, de 28 anos.
Entretanto, os órgãos de comunicação social sul-coreanos avançam que a principal suspeita de ter assassinado o meio-irmão do ditador da Coreia do Norte diz estar inocente. Garante que pensava estar num programa de apanhados.
Habitual participante do programa televisivo, a mulher indonésia, de 25 anos de idade, costumava abordar homens e pedir-lhes para fechar os olhos, borrifando-lhes depois a cara com água. Só que desta vez, o líquido estava envenenado, terá dito o chefe da polícia da capital da Malásia.
Filho de Kim Jong-nam pode correr “grande perigo”
O filho de Kim Jong-nam corre “grande perigo” após a morte do seu pai, alertou Koh Young-Hwan, ex-diplomata norte-coreano a residir em Seul.
“À medida que o reino de terror de Kim Jong-un continua, algumas elites em Pyongyang começaram a pensar em possíveis alternativas. Por isso Kim Jong-un deve ter preocupações com tais figuras. Agora que Kim Jong-nam morreu, podemos dizer que o seu filho corre também em grande perigo”, afirmou.
O assassínio de Kim Jong-nam, meio-irmão mais velho do líder da Coreia do Norte, na Malásia, está a levantar receios em relação a outros membros da família, em particular Han-Sol, que viveu com a família em Macau e é visto como um potencial alvo de uma purga familiar.