Assassino de mulheres migrantes no Chipre condenado a sete penas de prisão perpétua - TVI

Assassino de mulheres migrantes no Chipre condenado a sete penas de prisão perpétua

  • SL
  • 24 jun 2019, 15:44

Três das vítimas foram encontradas em malas, num lago de águas tóxicas de uma mina abandonada perto de Nicósia e uma outra foi encontrada morta num poço na mesma zona

Um militar cipriota foi esta segunda-feira considerado culpado do assassínio de cinco mulheres imigrantes e dois dos seus filhos e condenado a sete penas de prisão perpétua, concluindo um caso que agitou o Chipre e levou a demissões políticas.

O acusado levou a cabo um plano para matar mulheres indefesas”, refere o texto da sentença, citado pela agência de notícias francesa AFP.

Nicos Metaxas, de 35 anos, admitiu a sua culpa no início do julgamento, esta segunda-feira de manhã, reconhecendo ter matado quatro filipinas, entre as quais uma menina de seis anos, uma romena e a sua filha de oito anos, e uma nepalesa entre setembro de 2016 e o verão de 2018.

Segundo o suspeito, as mortes visaram mulheres que tinha conhecido em sites de encontros online, além das filhas de duas delas.

Três das vítimas foram encontradas em malas, num lago de águas tóxicas de uma mina abandonada perto de Nicósia e uma outra foi encontrada morta num poço na mesma zona.

O caso, sem precedentes no Chipre, tornou-se um escândalo político, com partidos e associações de imigrantes a acusarem as autoridades de serem demasiado lentas ou mesmo de não terem investigado o desaparecimento das mulheres por todas elas serem estrangeiras.

O escândalo levou à demissão do ministro da Justiça, acusado de não ter investigado os desaparecimentos por não serem mulheres cipriotas, e do chefe da polícia nacional, afastado pelo Presidente Nicos Anastasiades devido aos erros cometidos nas investigações.

No Chipre, a prisão perpétua equivale a passar 25 anos na cadeia.

Cinco das suas sentenças serão aplicadas sucessivamente, o que torna impossível a liberação de Metaxas.

A prisão do suspeito ocorreu em 18 de abril, quatro dias depois de um turista alemão ter descoberto acidentalmente o primeiro cadáver de uma das vítimas.

Os corpos das outras seis vítimas, incluindo os das duas crianças, foram encontrados na sequência de uma vasta investigação, particularmente nas águas tóxicas de dois lagos numa região mineira.

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