Covid-19: UE regista 22 casos de trombose após toma da vacina da AstraZeneca - TVI

Covid-19: UE regista 22 casos de trombose após toma da vacina da AstraZeneca

  • Henrique Magalhães Claudino
  • 11 mar 2021, 08:53

Infarmed explica que o número de eventos tromboembólicos em pessoas vacinadas não é superior ao observado na população em geral

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) informou esta quinta-feira que foram registados 22 casos de trombose, entre o universo das 3 milhões de pessoas vacinadas com a vacina contra a covid-19 da AstraZeneca na Europa.

De acordo com uma nota no site da EMA, os especialistas consideram improvável que estes eventos estejam relacionados com um defeito de qualidade. Rejeitam ainda a existência de uma relação causal entre a administração da vacina da AstraZeneca e o risco para eventos tromboembólicos.

Os benefícios da utilização da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca mantêm-se superiores ao risco, não havendo qualquer alteração às recomendações da sua utilização", explica a Agência Europeia do Medicamento.

Na mesma linha, um comunicado do Infarmed explica que "não foram notificados ao Sistema Nacional de Farmacovigilância casos de eventos desta natureza".

Na sequência da decisão austríaca de retirar o lote ABV5300 da vacina AstraZeneca após a morte de uma pessoa inoculada e o registo de sintomas graves em outra pessoa igualmente vacinada, a EMA explica que o Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância encontra-se a avaliar os casos de eventos tromboembólicos notificados que ocorreram após administração desta vacina.

O lote ABV5300 foi distribuído a 17 Estados-membros e é composto por um milhão de doses. O lote em questão não é utilizado em Portugal, anunciou o Infarmed num comunicado no domingo.

Para além da Áustria, também a Estónia, Lituânia, Luxemburgo e Letónia suspenderam a administração de doses do lote como medida de precaução.

Mais tarde, também Itália suspendeu a vacinação com o mesmo lote.

A informação partilhada até à data indica que o número de eventos tromboembólicos em pessoas vacinadas não é superior ao observado na população em geral. 

O Conselho Diretivo do Infarmed garantiu, igualmente, estar a acompanhar a situação.

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