Síria: sintomas das vítimas são consistentes com "agente nervoso" - TVI

Síria: sintomas das vítimas são consistentes com "agente nervoso"

  • AM
  • 5 abr 2017, 13:19

"Aparente ausência de lesões externas reportadas em casos" semelhantes levam a OMS a considerar estar na presença deste gás

As vítimas do ataque químico na Síria apresentam sintomas consistentes com a reação a um "agente nervoso", avança a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Alguns casos parecem mostrar sinais adicionais consistentes com exposição a químicos organofosforados, uma categoria de químicos que inclui "agente nervoso". A probabilidade das vítimas terem estado expostas a um ataque químico é ampliada pela aparente ausência de lesões externas reportadas em casos que mostram um desenvolvimento rápido de sintomas similares, incluindo dificuldade aguda de respiração como principal causa de morte".

O número de vítimas mortais do bombardeamento químico de terça-feira em Khan Cheikhoun, no norte da Síria, subiu para 72, incluindo 20 crianças, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

Esta quarta-feira, a Rússia falou sobre o ataque e afirmou que a aviação síria bombardeou na terça-feira, durante uma hora, um depósito de armas dos rebeldes onde estava uma fábrica de produção de armas “tóxicas”.

Segundo os meios russos de controlo do espaço aéreo, ontem [terça-feira], entre as 11:30 e as 12:30, hora local, a aviação síria bombardeou na zona de Khan Cheikhoun um grande depósito de armamento dos terroristas (…). Na zona desse depósito encontrava-se uma fábrica para produção de minas com substâncias tóxicas”, informou o porta-voz do Ministério de Defesa russo, Igor Konashenkov.

Em contrapartida, fontes do governo norte-americano dizem que é quase certo que as armas químicas foram mesmo lançadas por aviões sírios.

Esta é a primeira vez, desde 2013, que Washinton acusa o regime de Assad de usar gás tóxico para matar pessoas, dizendo que o regime sírio cruzou “a linha vermelha” estabelecida por Barack Obama.

O atual presidente dos EUA, Donald Trump descreveu o incidente como “ações hediondas do regime de Bashar al-Assad", mas também criticou Obama por não ter reforçado a “linha vermelha” de há quatro anos.

Também Donald Tusk acusa o regime de Bashar al-Assad do ataque que matou civis, dizendo que "o regime sírio tem a responsabilidade pelas atrocidades, mas os que apoiam o regime partilham a responsabilidade moral e política".

"Matar indiscriminadamente crianças, mulheres e homens com armas químicas é outra trágica lembrança deste conflito e do regime sírio”, afirmou.
 

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