Grupo armado ataca camiões de mercadorias e fere quatro pessoas em Moçambique - TVI

Grupo armado ataca camiões de mercadorias e fere quatro pessoas em Moçambique

  • SL
  • 17 set 2019, 16:47
Arma

Dois condutores foram alvejados e ficaram feridos com gravidade

Um grupo armado, munido de metralhadoras AK47, atacou dois camiões de mercadorias, ferindo quatro ocupantes em Zimpinga, centro de Moçambique, disseram esta terça-feira à Lusa, no local, uma das vítimas e as autoridades.

Os dois condutores foram alvejados e ficaram feridos com gravidade, enquanto dois ajudantes escaparam com ferimentos ligeiros.

Uma pessoa disparou, parada, na berma da estrada", disse à Lusa um dos condutores, Ernesto Salomão, cuja viatura ficou imobilizada no local e onde é possível contar sete perfurações de balas na cabine.

O ataque ocorreu cerca das 04:00 horas (menos uma hora em Lisboa) num troço da estrada nacional 6 (EN6) junto a uma zona de colinas no distrito de Gondola, Manica.

A EN6 é o principal corredor rodoviário do centro de Moçambique, ligando a cidade da Beira, no oceano Índico, aos países africanos do interior.

O condutor do outro pesado, mesmo ferido, continuou a marcha até participar o caso às autoridades policiais, que destacaram um contingente para o local.

Armando Amadeu, director do Hospital distrital de Gondola, disse à Lusa que os dois condutores sofreram traumatismos diversos, com projéteis nas pernas e braços.

Quando a Lusa estava no local do ataque, uma equipa de observação de cessação das hostilidades militares chegou para averiguar o incidente, mas não prestou declarações.

Mario Arnança, porta-voz do comando provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Manica, confirmou o ataque à Lusa e assegurou que uma equipa foi destacada para investigar o incidente.

Não há informações sobre quem os possíveis autores do ataque.

A zona centro de Moçambique foi historicamente palco de confrontos armados entre forças governamentais e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo, oposição) até dezembro de 2016, altura em que as armas se calaram, tendo a paz sido selada num acordo subscrito a 06 de agosto último.

Permanecem na zona guerrilheiros da Renamo, em número incerto, que contestam a liderança do partido e que têm ameaçado recorrer às armas caso não sejam ouvidos - mas que, por sua vez, também se dizem perseguidos por outros elementos desconhecidos.

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