Venezuela: quatro mortos em protestos contra o regime de Maduro - TVI

Venezuela: quatro mortos em protestos contra o regime de Maduro

  • JGF com Lusa (notícia atualizada às 16:00)
  • 23 jan 2019, 07:23

Há ainda registo de cinco feridos

Pelo menos quatro pessoas morreram nos protestos da última noite contra o Presidente Nicolás Maduro na Venezuela, um dos quais em Caracas e três no Estado venezuelano de Bolívar, anunciou esta quarta-feira uma organização não-governamental.

Segundo o Observatório Venezuelano de Conflituosidade Social (OVCS), uma das mortes, a de um jovem de 16 anos, teve lugar em Caracas, devido a "um ferimento por arma de fogo, durante uma manifestação" em Cátia (centro).

O Hospital Periférico de Cátia confirmou-nos recebeu uma pessoa morta (...) durante os protestos", denunciou o deputado da oposição José Manuel Olivares na sua conta do Twitter.

Segundo a imprensa local trata-se de "um manifestante que faleceu devido a uma ferida de bala no abdómen".

A vítima de 16 anos, identifica como Alixon Pizani "estava a protestar quando ficou ferido. Foi levado ao Hospital Periférico de Cátia (oeste) mas ingressou já sem sinais vitais".

Ainda em Cátia, segundo o deputado José Manuel Olivares, registaram-se "cinco feridos por arma de fogo" e um deles, deveria ter entrado "em cirurgia, mas por não haver água, foi enviado a outro hospital".

As outras três mortes ocorreram no Estado venezuelano de Bolívar, a 600 quilómetros a sudeste de Caracas, durante protestos prévios às manifestações convocadas para hoje.

Na localidade de San Félix, neste Estado, a população incendiou uma estátua do antigo Presidente socialista Hugo Chávez (presidiu o país entre 1999 e 2013) da qual cortou o busto que foi pendurado na ponte da Av. Guayana.

Segundo o OVCS, os protestos contra o novo mandato do Presidente Nicolás Maduro multiplicaram-se durante a última noite, passando de 30 na noite de segunda-feira para 63, na noite de terça-feira, na grande Caracas (capital e os vizinhos Estados de Miranda e Arágua).

Nos protestos, a população manifesta o seu descontentamento a bater em panelas e através de assembleias nas ruas.

Através do Twitter vários utilizadores têm denunciado repressão de parte das forças de segurança e tentativas de entrar a conjuntos de residências.

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