Hollande destacou «a coragem, bravura e eficácia das forças de segurança», confirmando também que quatro pessoas perderam a vida no supermercado em Vincennes, sem especificar se eram reféns ou não. As autoridades policiais falam em cinco mortos, incluindo o atirador Amedy Coulibaly, que falou com a BFM TV enquanto estava barricado, adiantando já nessa altura que tinha matado quatro reféns.
Já o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, que falou poucos minutos depois do Presidente confirmou a conexão entre os crimes.
Manuel Valls admitiu depois, à BFM TV, que é preciso tirar ilações do que aconteceu: «Quando há 17 mortos, há falhas». «Dezassete franceses mortos em três dias não acontecia há décadas», lamentou.«Percebemos ontem à noite que há uma ligação entre o bárbaro massacre de Charlie Hebdo e a polícia morta em Montrouge»
Voltando ao Presidente francês, Hollande advertiu que não pode haver nenhuma «facilidade» neste combate. França «resistiu», mas as ameaças continuarão, avisou. Por isso, a segurança será reforçada em todo o país. Se a França for obrigada a utilizar a «força», não hesitará.
«França não cede a qualquer ato de pressão, não tem medo. Transportamos um ideal maior do que nós, que somos capazes de defender»
Hollande quis esclarecer, ainda, que «os fanáticos não têm nada a ver com a religião muçulmana», apelando à tolerância do país para com os cidadãos que a seguem.
Também o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, passou a mesma mensagem:«A unidade é a nossa melhor arma. Nada nos pode dividir»
«A guerra é contra o terrorismo, não contra uma religião, não contra o Islão». «Quando atacamos um muçulmano, porque ele é muçulmano, quando atacamos um judeu porque é judeu, quando atacamos um católico porque é católico, atacamos a França, atacamos os seus valores»
Domingo, pelas 15:00 locais (14:00 em Lisboa), terá lugar uma marcha pelos valores da liberdade, da democracia, do pluralismo, da igualdade e da fraternidade, em Paris. Vários líderes mundiais já confirmaram a presença, incluindo o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho e presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves. Hollande apela a todos que se unam ao propósito:
Je serai à la marche dimanche et j'appelle tous les Français à se lever pour porter ces valeurs de démocratie, de liberté et de pluralisme.
— François Hollande (@fhollande) 9 janeiro 2015