Suspeito de ataques a Paris detido em França - TVI

Suspeito de ataques a Paris detido em França

Polícia concentrada em frente à porta de uma igreja em Saint Denis, Paris, durante a caça aos jihadistas alegadamente responsáveis pelos atentados [Reuters]

Trata-se de um homem, de 29 anos, preso nos arredores da capital francesa. As autoridades também detiveram dois homens por suspeitas de ligações aos ataques de janeiro ao jornal Charlie Hebdo e a uma mercearia judaica

Um homem suspeito de ligações aos ataques de Paris ocorridos a 13 de novembro foi detido, esta terça-feira, na região da capital francesa, segundo disse fonte judicial à France24. 

A televisão francesa BFM acrescenta que se trata de um individuo de 29 anos. 

Outros dois homens também foram levados pela polícia, por auxílio a Abdelhamid Abaaoud, no seguimento das investigações ao apartamento de Saint-Denis, embora, de momento, esteja descartada a sua ligação direta a estes ataques.

A AFP também acrescenta que oito homens foram presos na Bélgica, e um belga detido na Turquia, numa teia de ligações aos suspeitos dos atentados de Paris.

Os vários ataques que tiveram lugar em Paris na noite de 13 de novembro fizeram 130 vítimas mortais e deixaram mais de 300 pessoas feridas. 

Embora reivindicados como atentados terroristas por jihadistas afetos ao Estado Islâmico, como retaliação pela participação da França nos combates aos extremistas islâmicos na Síria, o presidente Hollande afirmou que o país não ia ficar intimidado e foi lançada uma caça aos jihadistas responsáveis pelos ataques. 

Assim, na periferia de Paris, Saint-Denis, acordou na manhã de 18 de novembro,cinco dias após os ataques à capital, com uma mega operação policial. Centenas de agentes chegaram mesmo a arrombar a porta de uma igreja em busca de terroristas. Uma mulher fez-se explodir nessa data. As autoridades adiantaram que os jihadistas planeavam um novo ataque, desta feita ao bairro financeiro parisiense. 

A caça ao homem continuou, então. Abdelhamid Abaaoud foi considerado o cérebro dos atentados de 13 de novembro. 

As operações antiterroristas ultrapassaram as fronteiras da França. Bruxelas chegou mesmo a parar para deixar correr as buscas por Abdelhamid Abaaoud.

Na semana passada, foi a vez de uma operação em Genebra, na Suíça. Inicialmente referida como uma operação de busca e detenção de suspeitos relacionados com os ataques de Paris, a informação foi depois corrigida pelas autoridades, que deixaram cair as ligações aos ataques de Paris, mas catalogaram-na apenas uma operação antiterrorista. 


Identificados os autores dos ataques de 13 de novembro


O primeiro coletivo de “juízes antiterrorismo”, composto por seis magistrados já identificou, de acordo com a agência de notícias, quase todos os autores dos ataques ao Estádio de França, ao Bataclan e a dois restaurantes parisienses na noite de 13 de novembro. Já é conhecida a identidade de seis dos nove atacantes. Cinco franceses e Abdelhamid Abaaoud,de dupla nacionalidade, belga e marroquina.

Falta conhecer a identidade de dois bombistas suicidas que viajaram com passaportes falsos e que entraram na Europa no meio dos migrantes que fugiram da Síria e, ainda um terceiro homem.

Salah Abdeslam, um francês de 26 anos, alvo de um mandado de captura internacional e suspeito de ter fornecido apoio logístico aos autores dos ataques, continua a monte. 


Dois detidos por suspeitas de ligações aos ataques de janeiro

 
A polícia francesa também deteve esta terça-feira dois homens, por suspeitas de ligações aos ataques de janeiro, também na capital francesa, aos jornal satírico Charlie Hebdo e a uma mercearia judaica.

São eles, segundo a AFP, Claude Hermant,de 52 anos, e o seu sócio.

Claude Hermant já vinha sendo investigado por tráfico de armas e tem, aparentemente, ligações a grupos de extrema-direita do norte de França.

As armas encontradas em casa de Amédy Coulibaly, o jihadista que tomou como reféns vários clientes de um supermercado e matou quatro pessoas a 9 de janeiro, levaram a investigação até estes dois homens, suspeitos de terem fornecidos armas ao agressor. 

Amédy Coulibaly foi morto pela polícia no final do sequestro. Coulibaly agiu em coordenação com Chérif and Saïd Kouachi, os dois irmãos que atacaram a sede do jornal a 7 de janeiro, que provocou a morte a 12 pessoas. 

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