Tiroteio em Bruxelas: um suspeito morto, outros podem estar em fuga - TVI

Tiroteio em Bruxelas: um suspeito morto, outros podem estar em fuga

Pelo menos, quatro agentes ficaram feridos, um deles com gravidade. Polícia conseguiu "neutralizar" um dos suspeitos, que acabou por morrer. Megaoperação está relacionada com com as investigações aos atentados de Paris

Um tiroteio em Bruxelas, durante uma rusga a uma casa, no subúrbio de Forest, deixou, pelo menos, quatro polícias feridos. As autoridades já confirmaram que a diligência está relacionada com a investigação aberta após os atentados de novembro em Paris que vitimaram 130 pessoas.

Informações iniciais apenas indicavam que apenas um polícia tinha sido ferido, mas uma atualização da polícia confirmou que quatro agentes ficaram feridos, um deles com gravidade. Segundo a Reuters, que cita ministros belgas, dois dos agentes já tiveram alta.

Um porta-voz da Procuradoria belga, responsável pela investigação, confirmou que está a decorrer uma megaoperação policial, relacionada com os ataques em França. Após o tiroteio, as autoridades deram início a "uma caça ao homem", durante a qual um suspeito foi "neutralizado" pelas autoridades e acabou por morrer.

Um corpo foi encontrado durante um assalto a uma casa na rua du Dries. A sua identidade não é conhecida mas, em todo o caso, não é Salah Abdeslam", afirmou Eric Van Der Sypt, porta-voz da Procuradoria belga.

De acordo com a RTBF, cerca das 18:15, uma nova troca de tiros permitiu que os agentes entrassem na casa e dessem o lugar como "seguro". No entanto, as operações continuam no local. Os meios de comunicação belga falam em dois ou mais suspeitos em fuga, mas as autoridades não confirmam esta informação.

Operação conjunta da polícia belga e da polícia francesa

O Ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, veio a público certificar que as diligências fazem parte de uma operação conjunta da polícia belga e da polícia francesa, escreve a Reuters. Durante uma conferência de imprensa na Costa do Marfim, onde está de visita oficial, Bernard Cazeneuve, acrescentou:

"Tudo aconteceu no decorrer de uma busca. Uma equipa composta por polícias belgas e franceses acabou por ficar sob fogo. Foram feitos disparos de armamento pesado"

As autoridades bloquearam diversas estradas do bairro de Forest e criaram um perímetro de segurança. Foi ainda decidido fechar duas escolas e duas creches, mantendo as crianças no interior em segurança, nas primeiras horas, e disponibilizando um contacto telefónico para os pais dos menores poderem saber informações. Só a meio da tarde as instituições escolares foram evacuadas.

O jornal belga Le Soir avança, citando Marc-Jean Ghyssels, o presidente da autarquia de Forest, que um ou mais indivíduos estão entrincheirados num apartamento cercado pelas autoridades.

Recorde-se que as autoridades belgas prosseguem as investigações para encontrar os suspeitos de ligações aos atentados de Paris, a 13 de novembro último, residentes no país.

Segundo os media belgas, o bairro de Forest é composto na totalidade por uma população muçulmana. A zona fica relativamente próxima do distrito de Molenbeek, onde em dezembro passado também decorreram operações policiais relacionadas com esta investigação.

Salah Abdeslam não é o visado da operação

O suspeito mais procurado no quadro do inquérito aos atentados terroristas de Paris em novembro passado, Salah Abdeslam, não era visado pela operação antiterrorista de hoje em Bruxelas, que ainda prossegue após várias trocas de tiros, indicaram fontes policiais francesas.

Já depois de o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, ter confirmado que polícias franceses participavam na rusga, fontes policiais francesas indicaram à agência France Presse que Abdeslam, o homem mais procurado por envolvimento nos ataques de Paris, não era o alvo da operação.

A operação não visava Salah Abdeslam, mas sim próximos de um ou mais dos 11 acusados” na Bélgica, referiu a mesma fonte.

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