Afeganistão: talibãs mataram ou feriram mais 400 militares numa semana - TVI

Afeganistão: talibãs mataram ou feriram mais 400 militares numa semana

  • .
  • Publicada por ALM
  • 14 jun 2020, 14:39
Ataque no Afeganistão

Violência tinha diminuído, depois de 24 de maio, quando os talibãs declararam um cessar-fogo de três dias, por causa de um feriado religioso

Os talibãs mataram ou feriram mais de 400 membros das forças de segurança afegãs, na passada semana, denunciou hoje o Governo do Afeganistão, acusando os rebeldes de estarem a intensificar os ataques.

“Na passada semana, os talibãs realizaram 222 ataques contra forças afegãs. Mataram e feriram 422 (soldados e polícias)”, disse hoje o porta-voz do Ministério do Interior, Tareq Arian, numa conferência de imprensa em que acusou os talibãs de estarem a prejudicar as negociações de paz em curso.

Arian disse ainda que os talibãs estão a atacar imãs, com o propósito de colocarem “pressão psicológica” sobre o Governo afegão.

A violência no Afeganistão tinha diminuído, depois de 24 de maio, quando os talibãs declararam um cessar-fogo de três dias, por causa de um feriado religioso.

Contudo, os insurgentes não mantiveram a trégua, apesar dos pedidos do Governo afegão, que invocou o tratado de paz com os Estados Unidos, assinado no início do ano, para justificar a tentativa de acalmia na região.

Tareq Arian disse hoje que os talibãs estão a servir de “organização guarda-chuva” para outras redes terroristas, imputando-lhes a responsabilidade de dois ataques bombistas que mataram imãs em mesquitas de Cabul, este mês.

O Ministério do Interior diz que os rebeldes estão a realizar mais de 60 ataques diários, procurando “qualquer oportunidade para atacar, sequestrar e assassinar oficiais afegãos”.

De acordo o Conselho de Segurança Nacional, um organismo sob tutela governamental, os talibãs também mataram 89 civis e feriram 150 outros nas duas últimas semanas.

Apesar de reivindicarem muitos destes ataques, os talibãs dizem estar disponíveis para negociar com o Governo afegão, depois de terem feito um acordo de paz com os Estados Unidos, no início deste ano.

Continue a ler esta notícia

EM DESTAQUE