França será "mais forte do que os fanáticos que a atacaram" - TVI

França será "mais forte do que os fanáticos que a atacaram"

Presidente francês apela aos reservistas para apoiarem os 10 mil militares e polícias e prolonga o estado de emergência por mais três meses. François Hollande falou de madrugada e garantiu ir esta sexta-feira a Nice

O estado de emergência em França vai continuar. A data de 26 de Julho, em que deveria cessar deixa de ter efeito, como o presidente francês garantira numa entrevista na tarde de quinta-feira.
Na madrugada de sexta-feira, falando aos franceses após o atentado em Nice, em que um motorista de um camião abalroou e matou dezenas de pessoas, François Hollande anunciou que a França se vai manter em situação de alerta.

O carácter terrorista deste ataque não deve ser negado", sublinhou o presidente francês, fazendo questão de exprimir “toda a solidariedade às famílias das vítimas".

De acordo com o último balanço oficial, o ataque fez 84 mortos e 18 feridos em estado muito crítico, com base em informações de fontes da polícia.

Ação na Síria e Iraque intensificada 

Nada fará ceder a nossa vontade de lutar contra o terrorismo”, referiu Hollande, acrescentando que a França vai intensificar as suas operações militares no Iraque e Síria.

Decidi apelar à reserva operacional”, disse o Presidente francês, acrescentando que poderá mobilizar esses efetivos para “todos os lugares onde sejam necessários”.

A alocução de Hollande seguiu-se à reunião de emergência da célula interministerial de crise, logo após o atentado na cidade de Nice.

Hollande confirmou que a polícia abateu o motorista, que a imprensa local, caso do jornal Nice-Matin, diz ser um francês de 31 anos, de origem tunisina, natural da cidade de Nice, tendo como base documentos de identificação encontrados no camião.

A França está em lágrimas, de luto, mas é forte e continuará mais forte do que os fanáticos que a quiseram atacar”, sublinhou François Hollande.

O atentado em Nice, durante as festas do 14 de Julho, dia nacional da França que assinala a tomada da Bastilha em 1789, foi já condenado por todo o mundo. Marcelo Rebelo de Sousa e o primeiro-ministro português, António Costa, expressaram também o seu repúdio e a sua solidariedade para com a França. 
Ainda não foi reivindicado, sendo que a polícia investiga de forma a saber se o motorista agiu ou não por iniciativa propria. 

Continue a ler esta notícia

EM DESTAQUE