O bombista suicida que se fez explodir junto à Arena de Manchester, na segunda-feira, terá escondido os explosivos dentro de um recipiente de metal que foi colocado numa mochila. São algumas das conclusões da polícia britânica, depois de analisada a cena do crime.
As fotografias do local, divulgadas pelo New York Times, mostram restos de pano preto e azul (que seriam de um colete e de uma mochila) e um detonador - que o terrorista terá carregado na mão esquerda.
Ainda não se sabe qual o tamanho ou o tipo de explosivos utilizados, mas as porcas e parafusos que se encontram nas paredes e no chão do recinto sugerem que o fabrico da bomba terá sido caseiro.
No entanto, este era um engenho potente e sofisticado, construído "com reflexão e perícia".
As investigações ao local permitiram concluir que a carga explosiva se encontrava numa mochila e não no colete, devido à distância entre os restos mortais e os vestígios da bomba.
A localização dos corpos foi também alvo de estudo por, todos eles, se encontrarem num círculo quase completo à volta do bombista.
O tronco de Salman terá sido projetado em direção às portas da Arena onde Ariana Grande atuou. Nesta zona não foram encontrados quaisquer restos mortais de outras vítimas.
A polícia encontrou também uma poderosa bateria, uma Yuase de 12 volts, que normalmente não é utilizada para alimentar este género de explosivos. Improvável para este tipo de ataques é também o detonador utilizado por Salman.
Todos estes indicadores mostram o cuidado com que foi preparada a bomba, para que não houvesse qualquer margem de erro.
A polícia de Manchester confirmou esta quarta-feira que as autoridades estão a investigar uma “rede” de terrorismo. A informação foi confirmada pelo chefe da polícia, Ian Hopkins, em conferência de imprensa.