Nice: como as redes sociais ajudam a procurar os desaparecidos - TVI

Nice: como as redes sociais ajudam a procurar os desaparecidos

SOS Nice

As redes sociais enchem-se de pedidos de ajuda de familiares e amigos que desesperadamente procuram aqueles que desapareceram durante o atentado de Nice

Aos 84 mortos e cerca de 200 feridos do ataque de Nice, juntam-se as dezenas de desaparecidos. Há crianças nos hospitais que não conseguem identificar a família, outras tantas que ficaram órfãs e várias pessoas de quem não se sabe o paradeiro. 

Uma criança permanece nos cuidados intensivos do Hospital Pediátrico de Nice sem que ninguém tenha acusado o seu desaparecimento. Sem entrar em especulações, não está afastada a presunção de que a criança poderá ter ficado órfã na carnificina de quinta-feira à noite.

De dia para dia surgem fotografias de pessoas que, por alguma razão, desapareceram durante o ataque. Familiares e amigos, desesperados, partilham fotografias de crianças sorridentes numa tentativa interminável de procura.

Ludovic Rodier está desaparecido desde o ataque

 

A mãe do jovem Iake Yves Bouriot continua a busca pelo filho

 

Laura Borla, de 14 anos, desapareceu na sequência do ataque 
Dylan Barboni está a ser procurado pela mãe e o pedido de ajuda no Facebook já foi partilhado mais de 7000 vezes

 

O massacre mobilizou dezenas de cirurgiões, enfermeiros e anestesistas que trabalharam em contrarrelógio durante toda a madrugada de sexta-feira. Muitos dos profissionais não se encontravam ao serviço no momento do ataque, mas acorreram aos hospitais para ajudar os colegas a salvar vidas.

Há registo de cirurgias com 15 horas. Alguns cirurgiões disseram ao canal de televisão BFMTV que estavam tão focados em manter as pessoas vivas, que só agora têm tempo para assimilar o que viram e ouviram naquela madrugada de desespero.

Bruno foi com a mãe e o sobrinho ver o fogo-de-artifício no Passeio dos Ingleses. Não foi visto por mais ninguém depois do atentado

 

Olivier Christ é natural de Nice e continua desaparecido 

 

Victoria Savchenko foi dada como morta pela comunicação social, mas a família ainda não tem informações da jovem

 

Nick Leslie tem dupla-nacionalidade americana e italiana. Estava no Passeio dos Ingleses na fatídica noite de dia 14

 

Muhamedova Tatiana é natural da Estónia. A família continua à sua procura

Pelo menos 10 bebés morreram e cerca de 54 crianças estão, ainda, internadas nos hospitais. As famílias que ainda procuram os seus entes queridos esperam que o resultado seja igual ao momento em que um menino reencontrou a família graças a uma publicação no Facebook.

Ryan foi visto pela última vez no Passeio dos Ingleses

 

Hugo, de 16 anos, continua desaparecido
Beverly Willson estava junto à praia de Nice, quando o camião abalroou a multidão que festejava o Dia da Bastilha

Outros finais

Para alguns casos, a procura incessante por desaparecidos acabou da melhor forma. A descoberta da pequena Chouette é um exemplo de um final feliz. No grupo do Facebook, criado propositadamente para encontrar desaparecidos, há publicações que agradecem a colaboração de todos os que partilharam e apelaram à busca, noticiando que as pessoas em questão já foram encontradas.

A pequena Chouette foi encontrada algumas horas depois do atentado

Há, ainda, registo do aparecimento de uma criança que foi encontrada sem vida. Com a pior notícia, terminaram as buscas pelo pequeno Kylian, mas não cessou a angústia dos familiares da criança. 

Kylian foi dado como morto pelos serviços de saúde de Nice

Estes são alguns exemplos das centenas de pessoas que continuam desaparecidas. Os números das vítimas mortais e dos feridos já são oficiais, mas nas redes sociais continuam a surgir pedidos de ajuda para que se encontre familiares e amigos dos utilizadores responsáveis pelas publicações.

Há registo de portugueses entre as vítimas e foi dado o alerta para o desaparecimento de uma criança lusodescendente de 14 anos.

Para mais informações sobre portugueses desaparecidos depois dos atentados em Nice,  a Secretaria de Estado das Comunidades disponibilizou uma linha de apoio local: 0033493722222. Pode ainda pedir informações através do número de emergência do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês: 0033143175646.

Continue a ler esta notícia