O edifício do aeroporto de Bruxelas e a zona onde são controlados os passageiros "estão estáveis", segundo a primeira e provisória análise efetuada aos estragos provocados na terça-feira, na sequência do atentado terrorista.
O próprio Aeroporto de Bruxelas indicou as conclusões da análise levada a cabo por engenheiros, técnicos e especialistas externos independentes, depois de as autoridades policiais terem concluído as investigações às duas explosões.
“Esta primeira, provisória, análise mostra que ambos os edifícios, o principal e o Connector – onde são verificados passageiros e bagagem - estão estáveis”, lê-se em comunicado.
A team of engineers, technicians and independent external experts have carried out a first analysis of the damage caused...
Publicado por Brussels Airport (BRU) em Sábado, 26 de Março de 2016
Está previsto estudar possibilidades para instalar balcões temporários de check-in. A localização ideal terá de ser identificada e a organização prática concertada com as companhias aéreas e de gestão de bagagem.
Está ainda a ser feita a devolução de bagagens e das viaturas deixadas no local, na terça-feira. Dois dias depois dos atentados, quatro mil de seis mil automóveis foram recolhidos.
Já a recuperação dos estragos provocados na área de recuperação de bagagem começa este domingo.
Não haverá voos até pelo menos terça-feira.
Bruxelas começou a regressar à normalidade e o metro, onde também houve um atentado e onde morreram 10 pessoas, já começou a funcionar, embora com restrições. Muitos cidadãos preferem não usar este tipo de transporte.
Entretanto, as autoridades já detiveram o homem do chapéu suspeito do atentado no aeroporto, Faycal Cheffou.
Quase 2.500 pediram socorro
As autoridades belgas indicaram, segundo a Lusa, que os serviços de socorro receberam, durante a semana, 2.449 pessoas, entre as quais 340 feridos nos atentados.
Estão ainda internadas 101 pessoas em 33 locais, sendo que 62 em cuidados intensivos e 32 num centro para queimados graves.
“Muitas pessoas vivem atualmente um choque psicossocial pelo que vivenciaram e viram. Os especialistas da saúde publica estão prontos a ajudar essas pessoas a passar este período difícil”
Os 31 mortos, incluem três autores dos atentados, e das restantes 28 pessoas, 24 foram identificadas – 14 mortos no aeroporto e 10 no metro.
Treze das vítimas são de nacionalidade belga e as restantes de oito diferentes nacionalidades. Os feridos contabilizam naturais de 19 países, entre os quais Portugal.