Número de vítimas dos atentados de Bruxelas revisto - TVI

Número de vítimas dos atentados de Bruxelas revisto

Atentados em Bruxelas (Reuters)

Atentados em Bruxelas fizeram 28 vítimas e não 31, já que três dos corpos encontrados pertencem aos homens que se fizeram explodir. Entretanto, continuam as acusações de terrorismo na capital belga, numa altura em que o Estado Islâmico volta a reivindicar os ataques

O número de vítimas dos atentados de Bruxelas foi revisto em baixa. Os terroristas mataram 28 pessoas, revelaram as autoridades, explicando que o balanço anterior, que apontava para 31 mortos, incluía os três bombistas suicidas.

“Há 28 vítimas e três bombistas suicidas cuja morte está confirmada”, declarou à AFP o porta-voz do centro de crise belga, Benoît Ramacker.

Entre as 28 vítimas mortais, 15 morreram no aeroporto e 10 na estação de metro de Maelbeek. Das 24 vítimas mortais já identificadas, 13 são belgas e onze estrangeiras, de oito nacionalidades diferentes.

Segundo o centro de crise, o número de feridos é de 340 (de 19 nacionalidades diferentes, além dos belgas), dos quais 101 continuavam internados no sábado. Entre esses, 62 encontravam-se nos cuidados intensivos e 32 numa unidade de queimados.

“O balanço ainda é provisório, porque infelizmente ainda há um grande número de feridos nos cuidados intensivos”, especificou o porta-voz.

Mais um homem acusado de terrorismo

As autoridades belgas anunciaram, entretanto, que acusaram mais um homem de ligações terroristas. Abderahmane Ameroud, detido na sexta-feira em Schaerbeek e alvo de interrogatório, estará relacionado com o atentado falhado em Paris, na semana passada, segundo a agência noticiosa belga, citada pela Reuters.

O nome de Abderahmane Ameroud junta-se assim aos de outros dois cidadãos detidos pelas autoridades e interrogados. Um deles é Faycal Cheffou, que a imprensa acredita ser o homem do chapéu e roupas claras que aparece na imagem de CCTV do aeroporto, na companhia dos dois homens que se fizeram explodir na terça-feira.

A guerra ao terror que vai além das fronteiras da Bélgica. Em Itália foi capturado um homem suspeito de ter fornecido documentos falsos a três dos bombistas.

Quatro detidos

As autoridades belgas detiveram, este sábado, quatro pessoas e mais cinco foram libertadas depois de interrogatórios, no seguimento de treze operações antiterrorismo em várias cidades da Bélgica, que surgem cinco dias depois dos atentados em Bruxelas.

"Um total de nove pessoas foram levadas para serem entrevistadas, mas cinco foram libertadas", disse o promotor público que investiga os atentados, em comunicado, sem especificar se estas detenções estão relacionadas com os atentados terroristas da semana passada.

"O investigador vai decidir até ao final do dia" se as pessoas que ficaram detidas vão ou não ficar em prisão preventiva, acrescenta o comunicado hoje divulgado.

 

Estado Islâmico volta a reivindicar ataque

O Estado Islâmico voltou a reivindicar os atentados de Bruxelas. Numa nova mensagem de vídeo, o grupo radical referiu que os ataques de terça-feira foram apenas um “aperitivo”.

Hicham Chaib, natural de Antuérpia, na Bélgica, fala em nome do Estado Islâmico. Numa declaração, narrada em flamengo, dirige-se “ao povo e ao governo belgas, à Europa, e ao resto do mundo e, ainda, a todos os que combatem o Estado Islâmico.

O homem acrescenta que não aprenderam com a lição de Paris e que “colheram [em Bruxelas] o que semearam com as próprias mãos".

O vídeo termina com a execução de um prisioneiro e uma frase em árabe, anunciando que a luta continuará “no coração do seu país”, segundo o belga La Capitale. 

 

Tensão na Praça da Bolsa, em Bruxelas

Bruxelas registou, ao início da tarde deste domingo, momentos de tensão na Praça da Bolsa, com a invasão da escadaria por parte de um grupo de extrema-direita no momento em que muitos prestam homenagem ás vítimas. Para este domingo esteve prevista uma marcha contra o medo, que foi adiada por razões de segurança. 

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