Presidente do Sri Lanka não colabora com investigações do parlamento sobre ataques da Páscoa - TVI

Presidente do Sri Lanka não colabora com investigações do parlamento sobre ataques da Páscoa

  • SL
  • 8 jun 2019, 23:58
Uma das oito explosões no Sri Lanka foi nesta igreja de S. Sebastião, em Negombo, a 30 quilómetros de Colombo

Presidente convocou uma reunião de emergência na sexta-feira à noite para expressar a sua oposição a essa comissão, criada para investigar todos os factos relacionados aos ataques de 21 de abril, que provocou 258 mortos e quase 500 feridos

O Presidente do Sri Lanka, Maithripala Sirisena, demonstrou que não tem qualquer intenção de cooperar com a comissão parlamentar que investiga os atentados terroristas que ocorreram no país na Páscoa, informou este sábado uma fonte governamental.

O Presidente convocou uma reunião de emergência na sexta-feira à noite para expressar a sua oposição a essa comissão, criada para investigar todos os factos relacionados aos ataques de 21 de abril, que provocou 258 mortos e quase 500 feridos.

Uma fonte ministerial disse à agência de notícias francesa AFP que o Presidente se recusou a autorizar que qualquer membro da polícia, forças armadas ou serviços de informação (SIS) testemunhe diante desta comissão.

Esta manhã, a Presidência anunciou a demissão do chefe dos serviços de informação, Sisira Mendis, que havia criticado o Presidente, perante esta comissão parlamentar, por não ter realizado reuniões regulares sobre a situação de segurança, a fim de avaliar as ameaças potenciais de radicais islâmicos.

Durante o seu depoimento, a transmissão ao vivo pela televisão, os trabalhos da comissão foram interrompidos por ordem do Presidente, disseram fontes oficiais.

O secretário de Defesa e o chefe de polícia sugeriram que o chefe de Estado, que também é ministro da Defesa e do Interior, não seguiu as regras em vigor para lidar com os relatórios dos serviços de informação, incluindo as advertências recebidas antes dos ataques de 21 de abril.

O Presidente tem consistentemente negado ter sido avisado de alguma ameaça ‘jihadista’ iminente.

Os ataques de 21 de Abril, que tiveram como alvo igrejas lotadas de fiéis e hotéis de luxo, foram reivindicados por uma organização ‘jihadista’ local e pela organização do Estado islâmico.

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