Ativistas dos Extinction Rebellion causaram, esta quinta-feira, alguns constrangimentos na linha do metro de Londres, na estação de Canning Town e no Docklands Light Railway, num protesto para tentar polarizar a sua opinião sobre as táticas do movimento ambiental. Enquanto que na primeira estação, uma ativista que subiu para cima do comboio acabou arrastada para o chão por um passageiro, obrigando à intervenção das equipas de segurança.
Extinction Rebellion begin their planned disruption of the tube on the Jubilee Line at Canning Town 👇🏽 pic.twitter.com/oN8LDO1G0o
— Holly Collins (@HollyJoCollins) October 17, 2019
De acordo com o The Guardian, também no Docklands Light Railway, dois ativistas subiram para cima do comboio e um outro colou-se à porta: Phil Kingston, de 83 anos, dizendo que estava a fazê-lo pelos netos.
"Estou muito preocupado com o que está a acontecer com as partes mais pobres do mundo que estão a ser as mais atingidas pelas alterações climáticas. Sou cristão e chateia-me mesmo ver as creações de Deus serem destruídas por todo o mundo. Por isso, estou aqui para convencer o Governo a tomar medidas relevantes na área ambiental e ecológica”, afirmou.
Na sequência dos protestos, quatro pessoas foram detidas e as autoridades afirmaram que foram tomadas medidas para que "ninguém ficasse preso debaixo da terra".
Uma das mulheres presente no protesto, revelou que o alvo da manifestação era o Docklands Light Railway porque é o distrito financeiro de Londres.
“Todos os relatórios científicos publicados sobre o que devemos fazer sobre o colapso climático, o colapso ecológico, dizem que precisamos de uma transformação total da economia. Neste momento, servimos ao crescimento económico. Pessoas, o planeta está a ser crucificando para o crescimento económico. Isto não pode continuar", afirmou Ruth Jarman.
Num comunicado, o grupo ambientalista garante que os ativistas estão dispostos a ir para a prisão "para salvar vidas com ator de consciência e necessidade".
"As ações têm como objetivo trazer mais interrupções económicas à capital como parte da campanha em andamento para convencer o governo a tomar medidas significativas em relação ao clima e à emergência ecológica", acrescenta a nota.
Os passageiros do metro é que não parecem ter gostado da interrupção de serviço e os ativistas acabaram mesmo por pedir desculpa por o protesto os ter afetado.