Vão ser libertadas três orcas em cativeiro na Rússia - TVI

Vão ser libertadas três orcas em cativeiro na Rússia

  • 11 jul 2019, 15:31
"Prisão" de baleias na Rússia

Fotografias de 11 orcas e 93 belugas amontoadas desde 2018 em pequenas piscinas perto da vila de Nakhoda, divulgadas em fevereiro, desencadeou uma vaga de protestos internacionais.

Três orcas mantidas em cativeiro durante meses em tanques no extremo oriente da Rússia foram, esta quinta-feira, carregadas em camiões especiais com vista à libertação, noticia esta quinta-feira a AFP.

A divulgação, em fevereiro, de fotografias de 11 orcas e 93 belugas amontoadas desde 2018 em pequenas piscinas perto da vila de Nakhoda, a 200 quilómetros de Vladivostok, desencadeou uma vaga de protestos internacionais.

Os animais estavam destinados a serem vendidos para o estrangeiro, nomeadamente parques aquáticos na China.

No final de junho, um primeiro grupo de duas orcas e seis belugas foi transportado a cerca de mil quilómetros e deixado em liberdade no ambiente natural no mar de Okhotsk, no Oceano Pacífico.

Os três mamíferos retirados esta quinta-feira dos tanques deverão conhecer a mesma sorte.

Segundo a agência francesa, os mergulhadores intervieram nas piscinas, onde usaram redes para içar as três orcas e colocá-las a bordo dos camiões dotados de aquários.

Gritos de outros cetáceos mantidos noutros tanques foram audíveis.

A imprensa não foi autorizada a entrar na instalação. Quando da primeira operação de libertação, os especialistas denunciaram a ausência de uma observação independente.

De acordo com os cientistas, o grupo de orcas deveria ter sido libertado em conjunto porque se relacionou durante a detenção. Mas o Instituto de Oceanografia da Rússia, que supervisionou as libertações, considerou esta possibilidade muito onerosa.

Uma petição no site change.org a exigir a libertação dos animais recolheu mais de 1,5 milhões de assinaturas, entre as quais as de celebridades como o ator norte-americano Leonardo DiCaprio.

A Rússia é o único país no mundo a autorizar a captura e a venda de orcas e de belugas para aquários, uma prática controversa tornada possível graças a falhas jurídicas que as autoridades prometeram corrigir.

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