Governo do Mali prolonga estado de emergência por mais um ano - TVI

Governo do Mali prolonga estado de emergência por mais um ano

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  • 25 out 2018, 15:22

Executivo maliano prolonga desta forma, novamente, o estado de emergência decretado pouco depois do atentado contra o hotel Radisson Blu, em 20 de novembro de 2015, que matou 22 pessoas

O estado de emergência no Mali, que vigora quase ininterruptamente desde a ocorrência de um atentado contra um hotel na capital, Bamako, em novembro de 2015, foi prolongado por mais um ano, até outubro de 2019, anunciou esta quinta-feira o Governo.

Um comunicado do conselho de ministros anuncia a aprovação de um projeto de lei que "prorroga até à meia-noite de 31 de outubro de 2019 o estado de emergência declarado sobre o território nacional".

O executivo maliano prolonga desta forma, novamente, o estado de emergência decretado pouco depois do atentado contra o hotel Radisson Blu, em 20 de novembro de 2015, que matou 22 pessoas - incluindo dois atacantes.

Com início no dia 31 de outubro, esta nova prorrogação entra em vigor no dia em que termina a extensão decretada em outubro de 2017.

A extensão de outubro de 2017, permitiu "reforçar as medidas de prevenção ao nível das autoridades administrativas competentes" e "aumentar as ações de controlo e as capacidades operacionais das forças de segurança no território nacional", entre outras.

A decisão, adotada na quarta-feira em reunião do conselho de ministros, surge dois meses depois da reeleição do Presidente, Ibrahim Boubacar Keita (também conhecido como IBK).

Durante a campanha, IBK considerou a "segurança" do Mali como prioritária no seu segundo mandato.

Desde o primeiro trimestre de 2012 que o norte do Mali foi tomado por grupos 'jihadistas' ligados à Al-Qaida, depois da derrota do exército maliano numa rebelião dominada inicialmente pelos tuaregues.

Os 'jihadistas' foram em grande parte expulsos ou dispersos após o lançamento, em janeiro de 2013, por iniciativa de França, de uma intervenção militar, ainda está em andamento.

Áreas inteiras estão fora do controlo das forças do Mali, da França e das Nações Unidas, regularmente alvo de ataques mortais, apesar da assinatura, em 2015, de um acordo de paz, supostamente com o objetivo de isolar os 'jihadistas'.

Desde 2015, esses ataques espalharam-se para o centro e sul do Mali e o fenómeno está a espalhar-se para os países vizinhos, particularmente Burkina Faso e Níger.

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