Bana Alabed, a menina síria que escreve no Twitter a partir de Alepo, está de volta ao microblog depois de a sua conta ter sido aparentemente apagada. No domingo e na segunda-feira, a mãe deixou mensagens perturbadoras que causaram ansiedade entre os fãs de todo o mundo.
“Olá meus amigos, como estão? Eu estou bem. Estou a ficar melhor sem medicamentos com muitos ataques aéreos. Sinto a vossa falta - Bana #Aleppo”.
Hello my friends, how are you? I am fine. I am getting better without medicine with too much bombing. I miss you. - Bana #Aleppo
— Bana Alabed (@AlabedBana) December 6, 2016
Esta foi a mensagem que tranquilizou os mais de 200.000 seguidores de Bana, que temeram o pior depois de a conta ter sido temporariamente apagada e de a mãe da menina, Fatemah, ter deixado duas publicações perturbadoras.
Tudo começou no domingo com esta partilha da mãe: “Estamos certas de que o exército nos vai capturar agora. Vemo-nos noutro dia querido mundo. Adeus – Fatemah #Aleppo”.
We are sure the army is capturing us now. We will see each other another day dear world. Bye.- Fatemah #Aleppo
— Bana Alabed (@AlabedBana) December 4, 2016
Depois, e sem qualquer explicação, a conta foi apagada temporariamente. Acabou por regressar com uma nova mensagem: “Sob ataque. Não há nenhum sítio para ir, cada minuto sente-se a morte. Rezem por nós. Adeus”, escreveu a progenitora.
Under attack. Nowhere to go, every minute feels like death. Pray for us. Goodbye - Fatemah #Aleppo
— Bana Alabed (@AlabedBana) December 5, 2016
Perante a ausência da menina e da mãe do microblog durante várias horas, seguidores em todo o mundo começaram a temer o pior. Mas esta segunda-feira, e para alegria dos milhares de fãs, a menina voltou a escrever no Twitter.
A conta de Bana foi criada pela mãe em setembro, numa altura em que o exército sírio lançou uma grande ofensiva para reconquistar Alepo às forças rebeldes. É uma espécie de diário em que a criança relata o horror que se vive nesta cidade da Síria, um dos palcos mais sangrentos de uma guerra civil que dura há quase seis anos, já fez milhares de mortos e milhões de deslocados.