Estados Unidos e China ratificam acordo de Paris - TVI

Estados Unidos e China ratificam acordo de Paris

É um dia histórico para o mundo e para o futuro do ambiente. Os dois países são responsáveis pela emissão de 40% das emissões de carbono

Barack Obama anunciou, este sábado, na sua chegada à China, que os Estados Unidos ratificaram o Acordo de Paris sobre as alterações climáticas. A China anunciou ter tomado a mesma decisão, noticia a AFP.

Um dia histórico para o mundo, já que os dois países são responsáveis pela emissão de cerca de  40% dos gases lançados para a atmosfera.

O Acordo de Paris, alcançado no final de 2015, só entra em vigor após ser ratificado por pelo menos 55 países que somem no total 55% das emissões globais. Hoje foi dado um passo de gigante nesse sentido.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, já se mostrou satisfeito com esta decisão e anunciou que vai convidar os dois países para uma cimeira em Nova Iorque, em que terá lugar a ratificação formal do acordo, acrescenta a Reuters. 

Ambientalistas portugueses aplaudem Obama e Pequim

A associação ambientalista Zero considerou histórico o progresso alcançado no combate às alterações climáticas, afirmando que o acordo de Paris, ratificado pelo parlamento chinês, poderá entrar em vigor este ano, quatro anos antes do previsto.

“A ratificação pela China (com emissões de 7,5 mil milhões de toneladas/ano, cerca de 20 por cento do total global – Portugal tem cerca de 65 milhões de toneladas) é um passo extremamente relevante”, afirmou a Zero – Associação Terrestre Sustentável, em comunicado.

“Os EUA representam 18% das emissões globais”, indica a Zero, acrescentando que a União Europeia é responsável por 12% e terá um Conselho Europeu de Ambiente em que será discutida a ratificação do Acordo de Paris como “um objetivo prioritário”.

A Zero acredita que com a China, os Estados e a União Europeia, mais 24 países que já ratificaram o acordo, mas que representam apenas 1% das emissões, se atinjam os 51%, o que “torna possível” viabilizar o acordo ainda este ano, “quatro anos antes do inicialmente previsto”, quando da aprovação em dezembro de 2015.

A associação espera que a ratificação por Portugal aconteça nas próximas semanas.

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