A Procuradoria Geral da Catalunha exige à polícia catalã, os "Mossos de Esquadra", que isole todos os edifícios escolhidos para a realização do referendo sobre a independência, marcado para domingo, e considerado ilegal pelo Supremo Tribunal espanhol.
O despacho da justiça já foi emitido e deverá ser comunicado ao comandante da polícia na quarta-feira.
O despacho - já divulgado através da internet - exige que a polícia vede os locais escolhidos para a votação no referendo até ao próximo sábado e retire quaisquer pessoas que estejam nesses edifícios.
Sento un sentiment de rebuig total cap a un Estat opressor, de qual no me n'he sentit part ni me'n sentiré part mai. https://t.co/ULOGDcAezY
— Pol Requena Belmonte (@requenapol) September 26, 2017
Impedir votação até na rua
O despacho do procurador José María Romero de Tejada ordena aos "Mossos de Esquadra" que identifiquem quem esteja a constituir mesas eleitorais e apreendam "documentos e instrumentos destinados a facilitar a votação, especialmente, urnas de voto, equipamentos informáticos, boletins, documentação e propaganda eleitoral".
Materiais que garantam a inviolabilidade do selo e avisos que avisem para a responsabilidade penal", são requisitos que constam no despacho do procurador, que exige vigilância por parte da polícia, desde as 7:30 locais - hora e meia antes da estipulada abertura das urnas para o referendo proibido - até às 21:00 (20:00 em Lisboa), uma hora após o previsto fecho das urnas.
O despacho, que será formalmente comunicado ao chefe da polícia catalã na quarta-feira, dá ainda instruções para que seja impedida qualquer votação no mesmo edifício onde esteja prevista a abertura de mesas de voto - por exemplo, uma escola ou colégio - e até nas ruas.
A Procuradoria assinala que deverá ser impedida a votação inclusivamente "nas imediações" de uma mesa de voto, "incluindo a via pública", até "um raio de segurança de 100 metros do local designado".