Barragens da Vale não dão tréguas no Brasil: 500 pessoas retiradas - TVI

Barragens da Vale não dão tréguas no Brasil: 500 pessoas retiradas

  • CM
  • 8 fev 2019, 11:01

Em Minas Gerais, depois da tragédia de Brumadinho, a Defesa Civil decidiu retirar os moradores de Barão de Cocais devido ao risco de rompimento da barragem Sul Superior

Numa altura em que ainda prosseguem buscas pelos desaparecidos na tragédia de Brumadinho, há duas semanas, após a rotura da barragem que fez mais de 150 mortos, o risco de rompimento de mais barragens da empresa mineira Vale fez soar o alarme em Minas Gerais, na madrugada desta sexta-feira.

A Agência Nacional de Mineração (ANM) do Brasil determinou a retirada de 500 pessoas em Barão de Cocais, a 146 quilómetros de Brumadinho, depois de negada a Declaração de Condição de Estabilidade da Barragem Sul Superior.

Em comunicado, a Vale afirma que se trata apenas de uma medida de prevenção e que a empresa está a intensificar a monotorização das suas barragens. Diz também que uma nova avaliação da Sul Superior terá lugar no domingo, na presença de consultores internacionais.

Segundo o município de Barão de Cocais, a ANM subiu, entretanto, para o nível 2 (intermédio) o risco de rotura.

 

Em Itatiaiuçu, região metropolitana de Belo Horizonte, cerca de 50 famílias também foram retiradas das suas casas durante a madrugada, por decisão da Defesa Civil, devido ao risco de rotura de uma barragem da responsabilidade da empresa ArcelorMittal.

A barragem Sul Superior, que serve a mina Gongo Soco, tem um volume de 6 milhões de m3 de rejeitos, principalmente minério de ferro. Está entre as dez que a Vale pretende eliminar, devido à sua construção, pelo método de "alteamento a montante", considerado ultrapassado, e que está na origem da rotura das barragens da Mariana, em novembro de 2015, em que morreram 19 pessoas, e Brumadinho, a 25 de janeiro último, ambas da Vale.

Segundo o último balanço, datado de quinta-feira, o número de mortos em Brumadinho é de 157, havendo ainda 182 desaparecidos, entre moradores e funcionários da empresa Vale. 134 vítimas mortais já foram identificadas.

 

 

 

 

 

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