De acordo com a declaração, publicada esta quarta-feira, os crimes ocorreram durante as visitas realizadas pelo famoso apresentador da BBC entre 1974 e Outubro de 1979.
No total, o pedófilo terá cometido 46 crimes sexuais só naquela instituição, onde tinha «livre acesso e, grande parte das vezes, sem supervisão» e onde chegou a pernoitar pelo menos duas vezes.
A cozinha, o escritório do diretor, um dos quartos da unidade de cuidados intensivos e por vezes o próprio veículo foram os locais escolhidos para abusar das crianças «emocionalmente perturbadas».
De acordo com a CPS (instituição britânica que corresponde ao Ministério Público, em Portugal), nenhum funcionário da escola enfrenta quaisquer acusações, uma vez que os abusos foram feitos apenas por Saville e sem participação direta ou indireta de terceiros.«Sabe-se que 25 destes crimes ocorreram dentro de Duncroft, seis no Norman Lodge (o dormitório da escola) e outros quatro tiveram lugar no veículo de Jimmy Saville, fora do perímetro da propriedade», diz o relatório.
Os crimes sexuais cometidos por Saville sobre meninas de Duncroft começaram a ser investigado, em 2007, quando a polícia de Surrey recebeu quatro denúncias de abusos de natureza sexual, incluindo dois na instituição educativa.
Depois de muito trabalho de investigação em colaboração com a CPS, as acusações acabaram por cair por terra, em 2009, porque nenhuma das supostas vítimas apoiou a ação policial.
Apesar de todos os contratempos, as autoridades de Surrey conseguiram reunir provas e concluir a investigação, sobre a qual o relatório apresentado esta quarta-feira se baseia.
Saville morreu em 2011, sem responder pelos crimes sexuais de que é acusado.