De acordo com a publicação médica britânica, que descreve o feito como um grande avanço no âmbito da luta contra a infertilidade feminina, o bebé, que pesa 1,7 quilos, nasceu ao fim de 31 semanas de gestação, de cesariana, depois de a mãe ter desenvolvido um estado de pré-eclampsia.
A mãe, cuja identidade não foi revelada, nasceu sem útero devido a um problema genético, mas os ovários estavam intactos. O útero foi doado por uma amiga da família, de 61 anos. O transplante foi realizado em 2013, indica a publicação britânica. A mesma revista explica que a parturiente recebeu alta hospitalar três dias depois, enquanto o bebé deixou a unidade neonatal uma semana depois. Ambos encontram-se em boa condição de saúde.
Um ano após a operação, foi introduzido no útero transplantado um embrião, em fase inicial. Três semanas depois o teste de gravidez deu positivo.
«O nosso sucesso baseia-se nos mais de dez anos de intensa pesquisa em animais e de prática cirúrgica da nossa equipa e abre a possibilidade de tratar muitas jovens que em todo mundo sofrem de infertilidade uterina», refere à «The Lancet» o professor Matts Braennstroem, da Universidade de Gotemburgo, que liderou a operação.
«Além disso, nós demonstramos a viabilidade do transplante de útero de dadores vivos mesmo em estado de pós-menopausa», realçou.