De acordo com a RTL, um perímetro de segurança foi feito em redor da Grand’Place pela polícia e pelos militares armados. Até ao momento, nenhum tiro foi ouvido. Mas os media franceses falam em vários disparos ouvidos.
Há várias ruas cortadas à circulação. A situação é descrita como "tensa, mas calma".
De acordo com a RTL, a polícia pede que os órgãos de informação não forneçam detalhes sobre a operação. Também por isso a informação é ainda escassa.
Através do Twitter, a polícia pediu também à população que não divulgue detalhes da operação em curso nas redes sociais.
Par sécurité, veuillez respecter le silence radio sur les médias sociaux concernant les opérations de police en cours à #Bruxelles. Merci
— Police Fédérale (@PolFed_presse) 22 novembro 2015
Alerta terrorista no nível máximo em Bruxelas
Este domingo, o gabinete de crise criado pelo Governo belga para avaliar a ameaça terrorista, depois dos atentados de 13 de novembro em Paris, decidiu manter o nível de alerta máximo em Bruxelas .
O metropolitano e as escolas vão estar fechadas na segunda-feira. Contudo, as escolas vão abrir serviços de acolhimento para crianças cujos pais não tenham outra alternativa.
"Não estamos felizes com esta situação, mas temos de assumir as nossas responsabilidades. Em circunstâncias excecionais, medidas excecionais. (…) Temos consciência que as decisões irão complicar a vida económica e profissional, na segunda-feira", disse o Primeiro-Ministro Charles Michel.
"Tudo está a ser feito para que possamos retomar uma vida normal", garantiu repetidamente o primeiro-ministro.
A decisão de manter Bruxelas sob o nível máximo de alerta foi tomada após uma reunião realizada ao fim da tarde pelo Conselho de Segurança Nacional, para avaliar a adaptação das medidas de segurança em função da reanálise do grau de ameaça levada a cabo pelo Órgão de Coordenação e Análise de Ameaças (OCAM) e pelo centro de crise.
As buscas por Salah
Os jornais franceses vão adiantando mais alguns pormenores que os belgas sobre a situação em Bruxelas. O Le Monde diz que a presença policial este domingo a presença policial na região de Molenbeek, considerada como base dos jihadistas.
O Le Monde recorda que um total de cerca de 150 jihadistas partiram nos últimos anos para a Síria para lutar nas fileiras do Estado Islâmico. Um exemplo disso é Abdelhamid Abaaoud, considerado o cérebro dos atentados de Paris e morto na operação policial da última quarta-feira em Saint-Denis.
Salah Abdeslam, em fuga e suspeito de ter participado nos atentados de 13 de novembro, continua a ser o homem mais procurado. Terá sido ajudado por dois homens a viajar para a Bélgica logo após os ataques.
Imagem de Salah Abdeslam divulgada pela polícia francesa
No último sábado, surgiu a notícia de que teria contactado amigos através do Skype e dito que estava escondido em Bruxelas. Mas esse contacto já foi na terça-feira. Durante a chamada, disse que estava encurralado entre as buscas da polícia e os elementos locais do Estado Islâmico, que não estaria satisfeito por não se ter feito explodir, tal como os outros bombistas nos ataques junto ao Estádio de França.
O irmão de Salah, Mohamed, que chegou a ser detido e foi libertado horas depois, dirigiu-se, numa entrevista divulgada este domingo, ao irmão e pediu-lhe que se entregasse. Disse preferir vê-lo na cadeia a vê-lo no cemitério.