Beijo gay do Papa em campanha contra o ódio - TVI

Beijo gay do Papa em campanha contra o ódio

Benetton põe líderes políticos e religiosos a beijarem-se na boca

Desde há muitos anos que as campanhas publicitárias da United Colors of Benetton pretendem mais do que simplesmente vender roupa. Batem-se por causas, sobretudo através do choque. E a nova campanha não foge à regra. Para combater a cultura de ódio no mundo, a marca italiana põe inimigos, adversários, polos opostos... a beijarem-se na boca.

Na campanha «UnHate», lançada esta quarta-feira, com acções em Roma, Milão e Telavive, o tema central é o beijo e resume-se a um slogan: «Neste mundo, o ódio nunca é apaziguado pelo ódio. Só o não odiar pode apaziguar o ódio».

Os cartazes mostram o Papa Bento XVI a beijar Ahmed Mohamed el-Tayeb, imã da mesquita de Al-Azhar, no Cairo, Obama a beijar o presidente chinês Hu Jintao e noutra imagem a beijar Hugo Chávez, Merkel a beijar Sarkozy, e um beijo entre os líderes de Israel e Palestina.

«Embora o amor global seja uma utopia, o convite a não odiar, a combater a cultura do ódio, é um objectivo ambicioso, mas realista», afirmou Alessandro Benetton, vice-presidente do grupo Benetton. «Com essa campanha, decidimos dar ampla visibilidade ao ideal de tolerância e convidar cidadãos de todo o mundo a reflectir sobre como o ódio nasce principalmente do medo do outro e do que não nos é familiar».

No comunicado que apresenta a campanha, a empresa afirma que os anúncios que mostram beijos entre líderes mundiais têm «um toque de ironia e de provocação construtiva».

Ainda de acordo com a Benetton, as «simbólicas imagens de reconciliação» entre líderes mundiais que costumam divergir em questões políticas e religiosas «estimulam a reflexão» sobre como o diálogo deve superar as divergências.
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