A Guiné-Bissau e o Benim empataram 0-0 na segunda jornada do grupo F do CAN – Campeonato Africano das Nações e ainda sonham ambos com o apuramento para a fase seguinte, ainda que a tarefa não seja simples.
As duas equipas chegam à última jornada com esperanças de seguir em frente. Mas para não precisarem de fazer mais contas - para entrar no lote dos quatro melhores terceiros classificados - precisam de derrotar dois dos favoritos.
A Guiné-Bissau tem de vencer o Gana e esperar que o Benim não ganhe aos Camarões. Já o Benin, precisa de vencer o atual detentor do título, ainda que fique dependente do que o Gana fizer frente à Guiné. Muitas contas para se fazer, portanto.
Recorde o filme e a ficha do jogo.
No jogo deste sábado, o selecionador guineense, Baciro Candé, apostou em várias caras conhecidas do futebol português no onze titular.
Ao todo, foram oito os jogadores que alinharam nos campeonatos portugueses na última época a começar como titulares: Jonas Mendes (Ac. Viseu), Nanu (Marítimo), Mamadu Candé (Santa Clara), Juary (Mafra), Sori Mane (Cova da Piedade), Bura (Desp. Aves), Mama Baldé (Desp. Aves) e Mendy (V. Setúbal), além de Pelé, que foi vice-campeão do mundo de sub-20 por Portugal.
Com quatro alterações relativamente à primeira jornada, quando perdeu com os Camarões, Candé procurou tornar a equipa mais forte em termos ofensivos, mas a verdade é que faltou sempre criatividade ao conjunto guineense, que passou mais tempo a defender do que a atacar.
Apesar do maior domínio do Benim, o jogo entre duas equipas que ainda procuravam a primeira vitória de sempre na fase final do CAN foi aborrecido.
Poucas oportunidades de perigo para ambas as balizas, as que existiram surgiram quase sempre através de lances de bola parada e pouca emoção no relvado, apesar da sonora festa que foi sendo feita nas bancadas pelos adeptos.
O lance de maior perigo de toda a partida surgiu ao minuto 76, quando Jonas falhou completamente uma saída após livre batido por Sessegnon que Mounié, sem ninguém na baliza, desviou por cima.
Do lado guineense, as jogadas ofensivas resumiram-se quase sempre em futebol direto à procura dos homens da frente. Contudo, nas poucas vezes que essa solução permitiu que a Guiné tivesse a posse de bola no último terço do terreno, a definição foi sempre deficiente e o guarda-redes do Benim teve uma noite absolutamente descansada.
No final, a única boa notícia para ambas as equipas foi a continuidade do sonho de seguir em frente na competição, ainda que tanto Benim como Guiné-Bissau tenham de jogar muito melhor para derrotar as teoricamente favoritas seleções dos Camarões e Gana.
Para a Guiné-Bissau, porém, este não deixou de ser um dia histórico, uma vez que, a viver a sua segunda fase final de uma CAN, os djurtus conquistaram o segundo ponto, fruto de dois empates, um em cada edição.