Dezenas de milhar de bielorrussos protestam em Minsk contra o atual poder - TVI

Dezenas de milhar de bielorrussos protestam em Minsk contra o atual poder

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  • RL
  • 23 ago 2020, 15:49

Os manifestantes contestam os resultados da reeleição de Alexander Lukashenko, considerando-os “fraudulentos”, e denunciam “repressão brutal”

Dezenas de milhar de bielorrussos manifestaram-se este domingo em Minsk, capital da Bielorrússia, para exigir a saída do Presidente Alexander Lukashenko, reeleito a 09 de agosto, mas que enfrenta há semanas forte contestação.

A agência France Presse (AFP) descreve que, munidos de bandeiras brancas e vermelhas, as cores do protesto, os manifestantes reuniram-se na Praça da Independência e nas ruas circundantes, entoando slogans como “liberdade!”.

Já órgãos de comunicação social ligados à oposição, que também têm feito relatos sobre manifestações semelhantes em outras cidades da Bielorrússia, falam em “mais de de 100.000 manifestantes na capital bielorrussa”, num protesto que ocorre pelo segundo domingo consecutivo.

Em causa está a reeleição do Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, o qual tem enfrentado manifestações diárias e um movimento de greve convocado pela oposição, desde que foram anunciados os resultados que lhe atribuíram 80% dos votos, contra 10% de Svetlana Tikhanovskaia.

Os manifestantes contestam os resultados, considerando-os “fraudulentos”, e denunciam “repressão brutal”, como descreve a AFP.

“Se [Lukashenko] realmente ganhou a eleição, então por que é que tanta gente vai às ruas contra ele?”, questiona Yevgeny, um manifestante de 18 anos.

Já Nikita, de 28 anos, refere que Lukashenko "quer que todos se dispersem e vivam como antes”, mas garante: “Nada nunca mais será igual”.

Na semana passada, em Minsk, mais de 100.000 pessoas reuniram-se para exigir a saída de Lukashenko que está no poder há 26 anos no poder.

Mas o presidente bielorrusso descartou a saída do cargo, conforme solicitado pela sua principal adversária na votação de 09 de agosto, Svetlana Tikhanovskaïa que após as eleições se exilou na Lituânia por medo ameaças, conforme relataram familiares.

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