EUA pedem a Israel "justificação" para atacar edifício da Associated Press em Gaza - TVI

EUA pedem a Israel "justificação" para atacar edifício da Associated Press em Gaza

Secretário de Estado Anthony Blinken diz que pediu mais informações a Telavive sobre o ataque aéreo que destruiu as instalações da agência de notícias norte-americana e também da cadeia árabe Al-Jazeera

Os Estados Unidos pediram a Israel a "justificação" para ter atacado, no sábado, o edifício que albergava a agência de notícias norte-americana Associated Press, e que ficou completamente destruído, concretamente a confirmação de o Hamas operava naquele espaço.

A posição foi proferida nesta segunda-feira, em Copenhaga, no final de um encontro com o ministro dinamarquês dos Negócios Estrangeiros, numa altura que a Casa Branca está a ser pressionada a pedir o cessar-fogo na região.

O secretário de Estado Anthony Blinken diz, citado pela agências internacionais, que pediu mais informações a Telavive sobre o ataque aéreo ao prédio no centro de Gaza, que acolhia também a sede da cadeia árabe Al-Jazeera, entre outros meios de comunicação, não tendo, até ao momento, recebido qualquer prova de que o movimento palestiniano Hamas tinha uma célula dos seus serviços secretos no edifício, como alega Israel.

Blinken adiantou, ainda, que, até ao momento, não recebeu "qualquer informação" de Israel sobre o ataque aéreo ao edifício.

Logo após o ataque ao edifício, pedimos informações adicionais relacionadas com a justificação do mesmo. Mas até ao momento não vi qualquer informação", admitiu.

O secretário de Estado de Joe Biden apelou, ainda, a todas as partes envolvidas no conflito entre Israel e Palestina para protegerem os civis, garantindo que os Estados Unidos estão a trabalhar "intensivamente" para acabar com a violência na região.

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No domingo, o Conselho de Segurança da ONU reuniu-se de urgência mas não conseguiu uma declaração conjunta sobre o conflito, que já matou cerca de 190 palestinianos, incluindo 55 crianças e 33 mulheres. Do lado israelita há dez vítimas mortais, duas são crianças.

A Palestina acusa mesmo Israel de “crimes de guerra”.

Os atuais combates são considerados os mais graves desde 2014.

Ataques que começaram há, precisamente, uma semana, depois de confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do Islão junto ao local mais sagrado do judaísmo, em Jerusalém Oriental.

Ao lançamento maciço de rockets por grupos armados desde Gaza, Israel responde com o bombardeamento aéreo contra a Faixa de Gaza.

O conflito israelo-palestiniano remonta à fundação do Estado de Israel, cuja independência foi proclamada em 14 de maio de 1948.

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