Estados processam Trump por nova lei de imigração - TVI

Estados processam Trump por nova lei de imigração

  • 6 set 2017, 20:43
Donald Trump

Casa Branca anunciou, na terça-feira, que vai terminar de forma gradual com o programa que protege 800 mil jovens indocumentados que chegaram aos EUA quando eram crianças. Centenas de jovens portugueses estão em risco

O Procurador-Geral do Estado de Washington e uma dezena e meia de estados norte-americanos, vão processar o Presidente Donald Trump por extinguir o programa de proteção de deportação de jovens imigrantes indocumentados, anunciou hoje à imprensa Bob Ferguson.

Considerando que a decisão de Trump configura “um período negro para o país”, Ferguson começou por anunciar o envolvimento de 11 estados no processo contra o Presidente norte-americano, mas deixou em aberto a possibilidade de outros se juntarem, o que veio, entretanto, a acontecer com a associação de mais quatro estados ao processo.

Esta não é a primeira vez que Bob Ferguson abre um processo contra Donald Trump. No início do ano, o procurador-geral de Washington processou o Presidente norte-americano por causa de uma lei produzida na Casa Branca que restringia as viagens para os Estados Unidos de nacionais de várias nações muçulmanas.

Casa Branca anunciou, na terça-feira, que vai terminar de forma gradual com o programa que protege 800 mil jovens indocumentados que chegaram aos EUA quando eram crianças, dando um prazo de seis meses para o Congresso encontrar uma solução legal para as pessoas protegidas pelo programa.

Um número indeterminado de jovens portugueses, que pode chegar às várias centenas, está em risco de deportação. As autoridades portuguesas estão a acompanhar pelos canais diplomáticos e a avaliar as implicações da decisão dos Estados Unidos.

O ex-presidente norte-americano Barack Obama lamentou, na terça-feira, a “sombra” lançada pelo seu sucessor, Donald Trump, ao acabar com o programa, considerando a decisão “cruel” e “errada”.

Os “Sonhadores”, beneficiários do programa migratório, criticaram a “cruel e vergonhosa” decisão do Governo Trump e afirmaram que ninguém lhes “tirará a dignidade”.

Continue a ler esta notícia

EM DESTAQUE