Nigéria: novo Presidente não promete resgate de meninas raptadas - TVI

Nigéria: novo Presidente não promete resgate de meninas raptadas

Boko Haram: jovens raptadas podem ter sido obrigadas a casar com terroristas

Muhammadu Buhari disse esta terça-feira não poder fazer promessas para encontrar as 219 alunas raptadas pelo Boko Haram

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O Presidente recém-eleito da Nigéria, Muhammadu Buhari, disse esta terça-feira não poder fazer promessas para encontrar as 219 alunas raptadas pelo Boko Haram há exatamente um ano.

«Não sabemos se as raparigas de Chibok podem ser resgatadas. O seu paradeiro permanece desconhecido. Gostaria muito de o fazer, mas não posso prometer que as vamos encontrar», afirmou em comunicado.

«Mas eu digo a todos os pais, familiares e amigos das crianças que o meu governo vai fazer tudo o que estiver ao seu alcance para as trazer de volta a casa.»


A Nobel da Paz Malala Yousafzai acusou na segunda-feira os governantes nigerianos e a comunidade internacional de não fazerem o suficiente para que as 219 raparigas, mantidas no cativeiro pelo grupo Boko Haram, sejam libertadas.

«Na minha opinião, os líderes nigerianos e a comunidade internacional não têm feito o suficiente para conseguir a vossa liberdade», escreveu a ativista numa carta dirigida às adolescentes, na véspera de se assinalar um ano sobre o seu rapto.

Na noite de 14 de abril do ano passado, o grupo radical Boko Haram raptou 276 adolescentes de uma escola da localidade de Chibok, no Estado de Borno, no nordeste da Nigéria.

Do grupo 57 conseguiram fugir, quanto às restantes não se conhece o paradeiro, tendo sido vistas pela última vez num vídeo divulgado pelo Boko Haram em maio.

O líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, afirmou que todas as adolescentes foram convertidas ao islão e obrigadas a casar.

Malala criticou o ex-Presidente da Nigéria Goodluck Jonathan por não ter feito o suficiente para libertar as raparigas raptadas.

No entanto, elogiou o Presidente recém-eleito, Muhammadu Buhari, por ter prometido fazer do resgate das adolescentes uma prioridade e não tolerar mais violência contra as mulheres e adolescentes. 
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