A Polícia Federal (PF) brasileira deteve na sexta-feira o influenciador "bolsonarista" Wellington Macedo, por suspeitas de participar na organização de atos antidemocrático a 07 de setembro, em apoio ao Presidente, Jair Bolsonaro.
A ação foi autorizada pelo juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República brasileira.
Macedo é investigado no STF num inquérito que investiga a organização e o financiamento de atos contra as instituições e a democracia no país sul-americano.
Movimentos "bolsonaristas" pretendem sair às ruas a 07 de setembro, quando se comemora a Independência do Brasil, e alguns dos grupos mais radicais pediram uma "intervenção militar" para fechar o Congresso e o Supremo, mas mantendo Bolsonaro, líder da extrema-direita brasileira, no poder.
As manifestações, incentivadas pelo próprio Bolsonaro, foram convocadas num contexto de fortes tensões entre o chefe de Estado e Supremo e o Congresso, instituições a que a extrema-direita acusa de atuar como "partidos de oposição" ao Governo.
Nas últimas semanas, Bolsonaro provocou uma instabilidade institucional ao fazer duras críticas à Justiça, que o investiga em várias frentes por supostas irregularidades no combate à covid-19 ou por espalhar notícias falsas sobre a transparência e fiabilidade do sistema eleitoral brasileiro.
Embora incentive as manifestações e pretenda participar naquelas que serão realizadas em Brasília e São Paulo, Bolsonaro acabou por baixar o tom da convocação e pediu marchas em defesa da "liberdade" e dos "valores conservadores", como o “família, propriedade privada e Deus”.
Apesar de declarar que as manifestações da próxima terça-feira serão pacíficas, cidadãos norte-americanos em solo brasileiro estão a receber informações da embaixada dos EUA no Brasil a alertar para os protestos pró-Bolsonaro, devido ao temor de violência, segundo o jornal O Globo, que teve acesso ao documento.