Ex-líder dos sérvios da Bósnia, condenado por crimes de guerra, morre de covid-19 - TVI

Ex-líder dos sérvios da Bósnia, condenado por crimes de guerra, morre de covid-19

  • .
  • RL
  • 15 set 2020, 11:10
Momcilo Krajisnik

Momcilo Krajisnik, de 75 anos, foi presidente do parlamento da Republika Srpska, a entidade dos sérvios da Bósnia, durante a guerra civil na Bósnia

O antigo dirigente dos sérvios da Bósnia Momcilo Krajisnik, condenado por crimes de guerra por um tribunal internacional, morreu esta terça-feira devido ao novo coronavírus, anunciou fonte hospitalar.

Considerado um dos mais próximos colaboradores de Radovan Karadzic, o chefe político dos sérvios da Bósnia durante o conflito na década de 1990, Momcilo Krajisnik morreu na manhã desta terça-feira num hospital de Banja Luka (norte da Bósnia), anunciou o estabelecimento em comunicado, citado pela cadeia pública RTRS.

Momcilo Krajisnik, 75 anos, foi presidente do parlamento da Republika Srpska (RS), a entidade dos sérvios da Bósnia, durante a guerra civil na Bósnia (1992-1995).

No final de agosto foi internado no hospital devido a um agravamento do estado de saúde após ter contraído o novo coronavírus.

Detido em abril de 2000 em Pale, arredores de Sarajevo e o bastião dos sérvios da Bósnia durante a guerra, Momcilo Krajisnik foi condenado em primeira instância em 2006 pelo já extinto Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia (TPIJ) a 27 anos de prisão por crimes de guerra e absolvido da acusação de genocídio.

Em março de 2009, esta sentença foi reduzida em recurso para 20 anos. Por fim, a instância judicial ‘ad hoc’ da ONU reconheceu-o culpado de “expulsão, transferência forçada e perseguição de civis não sérvios da Bósnia”.

Foi libertado em 2013 após ter cumprido dois terços da pena.

O conflito na Bósnia-Herzegovina, que decorreu no decurso da desintegração da Jugoslávia federal, envolveu muçulmanos (bosníacos), sérvios e croatas locais, com intervenção das vizinhas Sérvia e Croácia, com um balanço de cerca de 100.000 mortos e 2,2 milhões de deslocados.

Continue a ler esta notícia