72 detidos por tráfico de animais selvagens - TVI

72 detidos por tráfico de animais selvagens

Animais (arquivo)

Portugueses, suíços e checos tentavam trazer animais do Brasil para a Europa

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A Polícia Federal (PF) brasileira deteve esta quarta-feira 72 pessoas acusadas de traficar animais selvagens para o Rio de Janeiro e Europa, entre as quais se contam cidadãos portugueses, suíços e checos.

A acção, denominada «Operação Oxóssi», mobilizou 450 agentes federais para cumprir 102 mandados de prisão preventiva e 140 mandados de busca e apreensão nos Estados do Pará, Maranhão, Sergipe, Baía, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.

O objectivo da operação era desmantelar uma organização criminosa considerada uma das maiores no tráfico internacional de espécies em extinção.

De acordo com a PF, 26 pessoas continuam foragidas, entre as quais um português, um suíço e três checos.

Apenas no Rio de Janeiro, foram cumpridos 42 mandados de prisão e 16 suspeitos estão ainda a ser procurados. Pelo menos, cinco polícias militares participavam do esquema de venda dos animais. Havia também funcionários de empresas de autocarros que auxiliavam intermediários no transporte clandestino.

Os agentes federais descobriram igualmente um grupo de 11 pessoas que actuava exclusivamente no tráfico internacional.

As investigações, iniciadas em Janeiro de 2008, apontaram que os envolvidos chegavam a comercializar cerca de 500 mil animais por ano. A quadrilha teria lucrado 20 milhões de reais (6,7 milhões de euros) com o tráfico de animais.

A Polícia Federal estima que, desde 2008, 3.500 animais selvagens foram apreendidos e muitos morreram durante o transporte por maus-tratos e armazenamento em condições precárias, sem ventilação ou alimentação.

Entre as espécies mais negociadas estão animais em extinção que provinham de unidades de conservação, como diversos tipos de aves, periquitos, papagaios e araras azuis, além de jiboias, onças- pintadas, veados-mateiros e macacos-prego.

Segundo informações da polícia, a maioria dos acusados tem antecedentes de crimes ambientais, devido à prática de maus-tratos a animais.

Segundo comunicado da Polícia Federal, os suspeitos são acusados de crime ambiental, receptação, contrabando e formação de quadrilha.
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