Advogado de Dilma confia que não haverá 'impeachment', Lula processa super juiz - TVI

Advogado de Dilma confia que não haverá 'impeachment', Lula processa super juiz

Protestos prosseguem nas ruas, após suspensão da posse de Lula

José Eduardo Cardozo aponta irregularidades no relatório favorável à destituição de Dilma Rousseff. Noutro plano, o ex-Presidente do Brasil vai processar Sergio Moro

O chefe da Advocacia-Geral da União (AGU) do Brasil, que defende o Governo, disse na quarta-feira que o relatório favorável à destituição de Dilma Rousseff tem irregularidades, admitindo a sua contestação na justiça.

"É um processo nulo porque não mostra dolo [fraude]. Não há nenhuma irregularidade nas chamadas pedaladas e, mesmo que houvesse, isso não configuraria crime de responsabilidade. No máximo, uma ofensa à Lei de Responsabilidade Fiscal", disse José Eduardo Cardozo, em conferência de imprensa.

Cardozo, que fez pessoalmente a defesa da Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, diante dos 65 parlamentares na comissão especial que analisa o pedido de destituição da chefe de Estado, voltou a dizer que "sem crime de responsabilidade não há impeachment".

O advogado argumenta que o relator do parecer, o deputado Jovair Arantes, do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), já tinha uma decisão tomada antes mesmo de ouvir a defesa.

"Ele [Jovair Arantes] apenas tentou dar um verniz jurídico à decisão que já havia tomado antes mesmo de ouvir a defesa. Ele já tinha sua decisão tomada", frisou.

Dilma Rousseff é acusada de ter cometido atos ilegais, designados "pedaladas fiscais", manobras contabilísticas que consistem no atraso de transferências do Governo para bancos com o objetivo de melhorar as contas públicas.

Entretanto, a defesa do ex-Presidente do Brasil Lula da Silva pediu na quarta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de uma ação contra o juiz Sergio Moro, responsável pela investigação dos casos de corrupção na Petrobras.

A ação contra Moro pede que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apure eventuais infrações administrativas cometidas pelo juiz.

Numa nota enviada à agência Lusa, Roberto Teixeira, um dos advogados que defende Lula da Silva, informa que na petição que encaminhou ao STF denuncia a intercetação ilegal de um telefone pertencente ao seu escritório de advogados, que foi autorizada por Moro.

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