João de Deus, médium e curandeiro brasileiro, está já acusado pelo Ministério Público da cidade de Goiânia, capital do estado de Goiás, de quatro crimes de violação sexual mediante fraude e dois outros por violação de pessoa vulnerável.
De acordo com o despacho de acusação, conhecido ao final do dia de quinta-feira e citado pelo protal G1 da rede Globo, foram registadas queixas de 19 mulheres que dizem ter sido abusadas pelo médium.
De entre as queixas, quatro casos, ocorridos entre abril e outubro de 2018, compõem a denúncia, sendo dois por violação sexual e dois por outros por abuso de pessoas vulneráveis.
Dez outros casos prescreveram e outros cinco, segundo o Ministério Público de Goiânia, estão ainda em investigação.
Face às acusações, o médium João de Deus, que se encontra detido desde o dia 16 de dezembro, declara-se inocente.
50 milhões congelados
De acordo com o site G1, o Tribunal de Justiça determinou o bloqueio de 50 milhões de reais (mais de 11 milhões de euros) das contas de João de Deus, dinheiro que poderás ervir para indemnizar as vítimas, caso o médium seja condenado pelos crimes.
João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, tornou-se uma celebridade, segundo suiblinha a agência de notícias Reuters, quando so seus supostos métodos de cura de doenças foram apresentados no programa de televisão de Oprah Winfrey, em 2013.
Daí em diante, milhares de brasileiros e estrangeiros acorerram ao seu centro espiritual na pequena cidade de Abadiânia, no estado de Goiás brasileiro, onde a sua fama de fazer cirurgias supostamente milagrosas, apenas com as mãos e sem anestesia, já era conhecida.
Segundo a agência Reuters, as queixosas não são apenas cidadãs brasileiras, mas também quatro mulheres dos Estados Unidos,
três da Austrália e três de diferentes países da Europa.