Ex-Sporting Tinga leva educação e alimentação ao bairro onde nasceu - TVI

Ex-Sporting Tinga leva educação e alimentação ao bairro onde nasceu

Tinga

Criou o «Time Fome de Aprender», um autocarro que distribui mais de 200 refeições a sem-abrigo todos os dias, além de aulas de reforço escolar para as crianças e cursos de alfabetização

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Retirado do futebol em 2014, Paulo César Fonseca do Nascimento, mais conhecido por Tinga, tem um projeto especial no bairro onde nasceu, o bairro da Restinga, em Porto Alegre, no Brasil.

O antigo internacional brasileiro, que jogou no Sporting, criou um autocarro especial para levar educação e alimentos a população carenciada do bairro. É o «Time Fome de Aprender».

Segundo a ESPN, este projeto distribui mais de 200 refeições a sem-abrigo todos os dias, além de aulas de reforço escolar para as crianças e cursos de alfabetização para os sem-abrigo.

Tinga conseguiu envolver os elementos da comunidade. «Por exemplo, o nosso primeiro motorista do projeto foi o senhor Cláudio. Ele era o motorista mais antigo da Restinga, era o motorista que, quando eu não tinha dinheiro para pagar o bilhete para ir aos treinos no Grêmio, ele deixava-me passar. Dava um jeito de dar um ‘mergulho’, ou, quando eu entrava pela porta da frente, ele avisava o cobrador: ‘Vamos ajudar o menino que vai treinar’», contou o antigo jogador à ESPN.

Usando a sua influência, Tinga conseguiu trazer mais apoios para o projeto. «Um dia reuni-me com alguns amigos empresários e perguntei-lhes quanto gastavam num jantar com a esposa num bom restaurante de Porto Alegre, com um vinho na conta também. Eles responderam: 500 reais [cerca de 75 euros]. Aí eu disse: ‘É com esse valor que cada um de vocês pode ajudar todos os meses para que possa colocar o autocarro nas ruas e distribuir uma refeição digna, saudável para quem não tem acesso a um prato de comida’. E, assim, eles concordaram em entrar no projeto», contou.

Vários ex-jogadores colaboraram com Tinga, incluindo o selecionador nacional brasileiro Tite, que desembolsou cerca de 9 mil euros para a construção da cozinha industrial e voltou depois a ajudar com os pagamentos de salários.

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